Novo racha no PSB: "Pode vir dinheiro do que for"
O deputado Márcio França (PSB-SP), indicado pelo partido para coordenar o novo comitê financeiro da candidatura de Marina Silva, suspendeu o veto da ex-senadora e de Bazileu Margarido, seu representante nas finanças da campanha, sobre origem de doações; "Não tem problema algum, se a doação for legal. Pode vir dinheiro da indústria de armas, de bebidas, do que for", disse ele; declaração demonstra que os "sonháticos" são cada vez mais pragmáticos; tanto ou mais do que os representantes da chamada velha política
29 de Agosto de 2014 às 10:29
247 – Uma declaração do deputado Márcio França, presidente do PSB em São Paulo, indica não apenas um racha no partido em relação à origem das doações da campanha presidencial, mas também que os "sonháticos" do grupo de Marina Silva são cada vez mais pragmáticos, semelhante ou mais do que os representantes do que os pessebistas chamam de "velha política".
Para França, indicado pelo partido para coordenar o novo comitê financeiro da campanha do PSB, de Marina Silva, tanto faz a origem das doações, desde que elas sejam legais. Segundo ele, a legenda não terá nenhum tipo de restrição a captação de recursos nessas eleições. "Não tem problema algum, se a doação for legal. Pode vir dinheiro da indústria de armas, de bebidas, do que for", afirmou.
O pensamento vai de encontro ao da nova candidata do partido, que declarou que vetaria arrecadação de companhias da indústria bélica, do tabaco, de bebidas alcoólicas e de agrotóxicos nessas eleições, por exemplo. "Defendo o mesmo que Eduardo Campos defendia sobre as doações e nunca houve restrição", insiste Marcio França.
Quando França, que é candidato a vice-governador na chapa do tucano Geraldo Alckmin, em São Paulo, foi indicado pelo presidente nacional do partido, Roberto Amaral, para coordenar o comitê financeiro da nova campanha, depois da morte do então candidato Eduardo Campos, Marina dividiu a tarefa com Bazileu Margarido, membro da executiva nacional da Rede Sustentabilidade, partido da presidenciável.
O aliado da candidata diz que manterá o veto aos tipos de arrecadação financeira a que Marina é contra. Sobre o trabalho de manter contato com empresários para a captação de recursos, afirmou: "nós é que vamos cuidar disso". É certo que, se a tarefa está dividida entre Margarido e França, a campanha acabará arrecadando doações dessas indústrias, uma prática típica dos representantes do que a candidatura chama de "velha política". E mais uma contradição a ser contabilizada na lista de Marina Silva.
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