Páginas

pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

28.8.14

entrevista

No JN, Marina Silva trava "duelo" com apresentadores

agosto 27, 2014 21:20

No JN, Marina Silva trava

Contradições da suposta "nova política" e polêmica a respeito da aeronave que matou Eduardo Campos, transformaram a entrevista de 15 minutos em embate de candidata com apresentadores

Por Vinicius Gomes

Nesta quarta-feira (27), foi a vez de Marina Silva ter os seus 15 minutos de rolo compressor na bancada do Jornal Nacional. O apresentador William Bonner começou as perguntas falando da polêmica que envolve a aeronave que caiu em Santos matando Eduardo Campos e outras seis pessoas e a negociação milionária através de empresas fantasmas para o seu uso. "A senhora confiou cegamente em seus aliados e tentou se informar?", questionou Bonner, sugerindo que o fato de Marina Silva ter usado o avião sem saber sobre sua legalidade, era também um exemplo da "velha política", tão combatida pela candidata.

"A informação que tínhamos é que [o avião] era um empréstimo, onde as contas seriam prestadas após as eleições para o TRE", disse Marina, que afirmou mais de uma vez – frente a insistência do apresentador, que não sabia de qualquer ilegalidade quanto ao avião.

Foram mais de cinco minutos de debate sobre a "nova política" e a irresponsabilidade de usar um avião, onde tudo parece indicar, da maneira ilegal. Foi a apresentadora Patrícia Poeta que interrompeu o duelo para falar sobre as eleições propriamente ditas.

Ao relembrar as eleições de 2010, onde Marina Silva ficou em terceiro lugar, Poeta apontou que naquele ano, a candidata acriana também ficou em terceiro lugar nas pesquisas dentro de seu estado – uma reprovação que indicaria que nem em seu "berço político", Marina era bem vista.

Confrontada com isso, a presidenciável pelo PSB disse que talvez a apresentadora não conhecesse sua trajetória política, que sempre foi de ir contra os interesses político-econômicos de poderosos: "Não sou filha de políticos tradicionais, nem de empresários", disse Marina, relembrando ainda que chegou a se posicionar ao lado de Chico Mendes – o líder seringueiro assassinado em 1988, que ela classificou como elite – contra esses interesses, resultando então na desaprovação em seu estado natal.

Marina prosseguiu falando sobre sua carreira política mesmo quando ambos os entrevistadores tentaram interrompê-la para dar prosseguimento à entrevista. Quando William Bonner tomou a palavra, ele retornou a apontar as contradições da "nova política" de Marina Silva, afirmando que a presença de Beto Albuquerque em sua chapa como vice – ele sendo um antagonista de Marina em debates sobre cultivo de soja transgênica e pesquisa com células-tronco – era apenas uma aliança interesseira, uma prática comum da "velha política" que ela acusa seus adversários de praticarem:

Bonner – "Esses exemplos não mostram que Marina e Beto são a união de opostos, tão comum como a 'velha política', para viabilizar a eleição?"

Marina – "Nós somos diferentes. E a nova política sabe trabalhar na diversidade e diferença"

Bonner – "Então apenas quando seus adversários unem opostos é a 'velha política'? Não fica claro para mim o que é essa 'nova política'".

Silva -"Não está claro para você, mas deixarei claro para os telespectadores".

Marina disse ainda que nunca foi contra os transgênicos. "Não sou contra os transgênicos, defendo o modelo de coexistência", afirmou.

Ao fim do duelo, Marina não teve como explicar o que é a "nova política", porque tudo o que envolveu sua candidatura, primeiro como vice e agora para presidência, foi através de práticas da "velha política" – e assim deverá ser até o final das eleições.

Foto de Capa:  Globo/ João Cotta


http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/08/jn-marina-silva-trava-duelo-com-apresentadores/


Nenhum comentário:


Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz