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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

27.8.14

Mainardi é Marina. É a direita que quer o “qualquer um no poder”. Menos Lula


27 de agosto de 2014 | 12:24 Autor: Fernando Brito

mainardimarina

Diogo Mainardi, uma espécie de ícone de boçalidade da direita brasileira produz hoje um artigo primoroso na Folha de S. Paulo.

Primoroso porque é a selvageria desnuda, que não se acanha em mostrar-se e muito menos se camufla em "transversalidades" e "disrupturas".

Mainardi é o troglodita  pós-moderno, mas evidente.

Define com espantosa sinceridade, ainda que apele para descontextualizar Montesquieu e pô-lo a  serviço de sua idiotia:

    "Sou um homem simples: acredito que, a cada quatro anos, é necessário trocar o bandido que nos governa. Tira-se um, põe-se outro qualquer em seu lugar. Nunca votei para presidente e, por isso mesmo, nunca me arrependi por ter votado num determinado candidato".

Mainardi não vota porque não precisa do Estado, porque não precisa de um País, porque não tem um povo.

É um indivíduo que acha que pertence ao mundo, e basta-se como sua própria tribo.

Faz parte daquele grupo de selvagens exportados nas naus para serem exibidos às cortes e que, de tantos paparicos, vestem veludos e se acham nobres e europeus.

Mainardi crê-se um homem importante e diante do qual todos devem ficar embasbacados.

Ele  é claro sobre Marina.

Não espera que ela faça grande coisa no governo,  porque do governo ele em nada depende, ao contrário dos pobres coitados que vivem ainda no mundo do salário, da escola pública, da falta de médicos e, sobretudo, num país mergulhado no atraso, não na Veneza onde flutua.

O que ele espera é, apenas, que não ganhem os que que represente a ideia de  mudarmos o país, não de bandidos no poder.

Mainardi é o espetáculo da sinceridade, que só em uma coisa se falseia.

Quando ele afirma e reafirma ser um homem simples.

Não, ele não é.

Mainardi um produto complexo do pensamento elitista, que se desnatura da humanidade ao extremo e, aí sim, pergunta, com a ingenuidade de Maria Antonieta por que é que não comem brioches.


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz