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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

15.4.15

Em evento sobre discriminação no trabalho, Glover pede união global contra efeitos da crise

CONTRA O RACISMO

Em evento sobre discriminação no trabalho, Glover pede união global contra efeitos da crise

Ator e ativista norte-americano, que participa do congresso dos metalúrgicos da CUT, lembra que crise global agrava precarização no trabalho e apoia protestos contra PL da terceirização
por Redação RBA publicado 14/04/2015 20:09, última modificação 14/04/2015 20:23
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ROBERTO PARIZOTTI/CUT
danny glover

Danny Glover mostra sintonia com os protestos de amanhã contra a legalização da terceirização

São Paulo – O ator norte-americano Danny Glover, conhecido por seu ativismo pelo direitos civis em seu país e no mundo – elogiou hoje (14) as lutas dos sindicatos brasileiros no processo de construção da democracia brasileira. "Os sindicatos brasileiros sempre estiveram à frente da luta em favor dos direitos civis. O Brasil ainda não se deu conta do seu potencial no mundo. Nós, norte-americanos, observamos o Brasil como um país transformador nas relações de trabalho. No que diz respeito às ações globais, precisamos nos unir neste momento de crise financeira mundial, que aumenta a precarização dos trabalhos. Por isso, nossa luta é permanente", afirmou, durante evento que integra a programação do 9º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT. O congresso tem sua abertura oficial na noite desta terça-feira, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e se estende até sexta-feira (17), em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Glover foi um dos participantes do Seminário Internacional Impactos do Racismo no Mundo do Trabalho. A mesa foi coordenada pela secretária de Igualdade Racial da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), Christiane dos Santos, e teve também a participação do diretor de Política de Herança Cultural do Smithsonian Institute, James Counts Early, da vice-presidente da central União dos Trabalhadores Metalúrgicos da África do Sul, Christine Oliver, e do presidente da CNM-CUT, Paulo Cayres. Durante sua exposição, Danny Glover exibiu um cartaz contra o Projeto de Lei que permite a ampliação do uso de mão de obra em todas as atividades das empresas (PL 4.330) – em tramitação no Congresso e alvo de manifestações nesta quarta-feira (15).

O ator e ativista agradeceu o apoio da entidade na campanha de solidariedade aos trabalhadores na unidade da Nissan em Canton, Mississipi, que são proibidos de se sindicalizar. "A CNM-CUT nos deu um apoio incondicional nesta luta. E este apoio foi além, porque o Mississipi não é um lugar muito amistoso para os negros norte-americanos. Ainda não conseguimos a sindicalização, mas estamos avançando com a organização dos trabalhadores", lembrou Glover, que também preside o Fórum TransAfrica – maior e mais antiga ONG dedicada aos direitos da comunidade afrodescendente.

A sindicalista sul-africana Christiane Oliver falou do processo de democratização na África do Sul e das desigualdades que ainda existem em seu país, mesmo após o fim do apartheid. "Achávamos que com o fim do apartheid nós iríamos ter liberdade econômica. Mas, infelizmente, o capitalismo é global, branco e monopolista. Os brancos na África ganham oito vezes mais do que os negros . E no caso da mulher, a desigualdade é ainda maior. A mulher negra ganha apenas 70% do salário do homem negro."

James Early falou sobre a importância do movimento sindical brasileiro na abordagem do tema da igualdade racial no espaço de trabalho e na sociedade. "A luta contra o racismo é uma luta pela cidadania plena de todos os norte-americanos e os sindicatos estão participando desta luta. Não teremos uma democracia plena sem a participação do negro em espaços de poder em todos os países. Tenho certeza de que nos próximos 25 anos o Brasil será o país mais importante de toda a América. Por isso, precisamos trabalhar junto com sindicatos brasileiros desde já para colocar este tema como a principal bandeira de luta", disse.

Com informações da CNM-CUT



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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz