O Candidato Derrotado. Por Paulo Nogueira
Uma das melhores cenas da sessão da manhã do Senado foi quando Dilma citou o "candidato derrotado". Dilma sublinhou o adjetivo "derrotado".
Sem que nada houvesse sido obviamente combinado, a câmara da TV Senado se fixou em Aécio. E os memes se multiplicaram pelas redes sociais.
É assim que Aécio, o Abominável Aécio das Neves, vai passar para a história. Como o candidato conservador que ao ser batido nas urnas iniciou o processo de golpe que tragicamente vai chegando ao fim.
Há outros protagonistas no golpe, como Eduardo Cunha, bem definido por Katia Abreu nestes dias como um "escroque internacional".
Mas Aécio é um caso à parte.
Um corrupto contumaz, um recolhedor de propinas que sempre gozou da proteção da mídia, Aécio foi inventando pretextos absursos para desqualificar a vitória de Dilma.
Colocou em dúvida a lisura das urnas eletrônicas, chegou à insanidade de reivindicar que fosse ele proclamado presidente — e depois se mancomunou com Eduardo Cunha para que este aceitasse o processo de impeachment na Câmara, a base de tudo.
Não esqueçamos o papel imundo, na trama, do mentor de Aécio, FHC, um homem de esquerda na origem que fi caminhando progressivamente para a direita e hoje é um fâmulo da plutocracia.
Mas é de Aécio que tratamos.
Dilma qualificou-o exatamente como ele passará para a história. Sem nome, sem nada: como o candidato derrotado.
Os historiadores do futuro já têm um título pronto para a biografia na qual narração a carreira infame de Aécio.
O Candidato Derrotado.
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