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"Darei apoio irrestrito à convocação de um plebiscito", diz Dilma
Dilma Rousseff confirmou a possibilidade de antecipar as eleições caso retorne ao cargo
A presidenta afastada Dilma Rousseff convocou a imprensa e leu, nesta terça-feira 16, no Palácio do Alvorada, uma carta que chamou de "mensagem ao Senado e ao povo brasileiro". No discurso, ela propôs um pacto pela convocação de um plebiscito para que a população brasileira decida se deve haver ou não novas eleições presidenciais.
"Estou convencida da necessidade e darei apoio irrestrito à convocação de um plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral."
Ao se comprometer com o plebiscito, Dilma pediu que o Senado não cometa "a injustiça" de a condenar por um crime que não cometeu. "A essa altura, todos sabem que não cometi crime de responsabilidade, que não há razão legal para esse processo de impeachment, pois não há crime", disse.
No documento, Dilma fez críticas às oposições, que atuaram para inviabilizar seu mandato, segundo ela. "Medidas, ações e reformas necessárias para o País enfrentar a grave crise econômica foram bloqueadas e as chamadas pautas-bomba foram impostas sob a lógica irresponsável do 'quanto pior, melhor'", afirmou. "Houve um esforço obsessivo para desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos impostos à população", disse.
"Se consumado o impeachment sem crime de responsabilidade, teríamos um golpe de Estado", afirmou a presidenta afastada. "O que peço aos senadores e senadoras é que não se faça a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente".
A carta da presidenta afastada foi divulgada com o objetivo de fazer um último apelo ao Congresso, antes de seu julgamento, marcado para começar no dia 25 deste mês.
Abaixo, a íntegra da mensagem de Dilma Rousseff:
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