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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

29.8.16

A Dilma que estamos vendo; a Dilma que não vimos e queremos ver

A Dilma que estamos vendo; a Dilma que não vimos e queremos ver

POR  · 29/08/2016

Durante muito tempo os "assessores" da Presidenta Dilma Rousseff a aconselharam a ser distante, técnica, fria: a "gerentona" que não tinha paciência ou estômago com os políticos.

A Dilma que se vê hoje mostra que ela é muito mais capaz de enfrentá-los publicamente do que é "jeitosa" para os conchavos, acordos e negociações.

Ela tem os argumentos, políticos e técnicos, mais que suficientes para fazer frente ao discurso do "desastre" que a mídia tornou o coro da política.

E não se argumente que a presença de Ricardo Lewandowski presidindo a sessão inibe – e nem tanto – as grosserias e provocações.

Ela tem se mostrado absolutamente capaz de suportá-las na forma e desmanchar-lhes o conteúdo.

Não ferveu e explodiu onde a maioria de nós teria posto a tampa da panela a voar longe.

Teve dezenas de momentos onde teve motivos.

A audiência de hoje, ainda pela metade, já é prova de que ela tem todas as condições de suportar a polêmica, em lugar de te-la enfrentada apenas com pronunciamentos raros, bem dirigidos e, por isso mesmo, incapazes de mostrar sentimentos e obter credibilidade.

A lição que salta aos olhos, seja no milagre de que não se consume a sua deposição , sena na inevitabilidade de que, amanhã, outro governante de natureza popular seja levado ao poder pelo voto do povo brasileiro, é que ele precisa, tanto quanto do ar para respirar, da comunicação com a população.

Travar a polêmica, defender as políticas, explicar os problemas, reiterar compromissos, de tudo isso ela se mostrou absolutamente capaz.

Se é tarde demais para mudar o processo de votação, como parece aos cronistas políticos, certamente não é tarde para produzir o esclarecimento público que, para muitos, apenas agora está acontecendo, não pelo que a mídia diz que ela disse, mas porque as pessoas ouvem ela dizer.

A elite brasileira – inclusive as porções dela que se arrotam "de esquerda" punhos de renda – por isso tem horror ao que chamam de populismo.

Populismo, para eles, é o contato direto entre o governante e a população, que os políticos e mídia não querem abrir mão jamais de serem os intermediários e reitores.

A Dilma que estamos vendo é a Dilma que queríamos ver e, dentro ou fora do poder, esperamos ver.


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz