Dilma vencerá!
Os ventos em Brasília já sopram a favor da Presidente afastada Dilma Rousseff e, sua presença no julgamento está semana, será um gol de placa igual ao pênalti de Neymar no último jogo contra a Alemanha na Rio 2016, onde milhares soltaram o grito de gol abafado na garganta há dois anos, desde a Copa de 2014.
Comparar Dilma à seleção brasileira de futebol não é pretensão de quem vos escreve não, tem tudo a ver, porque ambas possuí muitas coisas em comum: São populares, cometeram erros, jogaram mal e ficaram desacreditadas pro muita gente. Em contrapartida, ao sentar na cadeira presidencial, Temer o ex-decorativo, meteu os pés pelas mãos, arremessou bolas ao invés de chutar, desagradando a todos, principalmente os próprios aliados.
A mega vaia olímpica do interino, ecoou no mundo inteiro, mostrando na verdade que o tamanho da impopularidade do governo provisório e bem maior do que os minguados 13% que o aprovam, segundo a última pesquisa do Ibope divulgada no dia primeiro de Julho.
O Conspirador e agora temeroso, não compareceu - que vexame - a cerimônia de encerramento. E fez ainda pior, enviou para representa-lo na ocasião, o Senador e ex-Ministro do Planejamento Romero Jucá (afastado por uma gravação que sugere articulação para conter a operação Lava Jato).
Existem vários motivos para Dilma ganhar esse jogo de Impeachment, mais vou listar só 10:
1- Temer começou mal, se apropriando de parte da Bandeira Nacional (Símbolo protegido por lei), como logomarca e lema de sua malsucedida passagem pelo poder.
2- Três Ministros importantes caíram em 35 dias de governo, envolvidos em escândalos de corrupção ou por obstrução da Justiça: Romero Jucá Planejamento, Fabiano Silveira Transparência e Henrique Eduardo Alves do Turismo.
3- Ao contrário de conter gastos como havia prometido, o interino aumentou o salário de servidores do Executivo, do Judiciário e do Legislativo, medida que causará um rombo de 52,9 bilhões de reais do caixa do Governo até 2018. E fez mais, criou 14.419 cargos públicos federais, três vezes mais do que prometeu cortar nos cargos comissionados, como indicativo da disposição da gestão de cortar na própria carne. Ou seja, promessa com ele é apenas artifício ultrapassado de retórica.
4- Não reconhecimento da presidência pro tempore da Venezuela no Mercosul e seu enfraquecimento.
5- Com a politica da redução do estado na economia Temer quer vender tudo que puder,... Desde os Correios, Casa da Moeda, empresas do setor elétrico, a Infraero, as companhias Docas, participações na BNDESPar (sociedade de ações, braço do BNDES), companhias como Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas), Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg), Novacap e Terracap (companhia de urbanização e agência de desenvolvimento do Distrito Federal) e entre outras, realizar o sonho de FHC de vender a Petrobras com Pré-Sal e tudo que tiver direito. Ou seja, que jogar o estado nas mãos dos empresários milionários, de preferência os estrangeiros.
6- Temer quer reformar a previdência a todo custo. Sem dó nem piedade propôs aposentadoria só aos 70 anos. Ele também quer impedir que os beneficiários de pensão por morte, incluam-se aí milhares de viúvas, possam acumular este benefício com a aposentadoria e, ainda quer reduzir também para 70% do valor do benefício a aposentadoria por invalidez. Ou seja, quer prejudicar centenas de milhares de pessoas, para tentar pagar o rombo realizado em seu governo.
7- O provisório faz todos os tipos de concessões para manter-se no cargo, gerando cobiça na Câmara e no Senado. Com isso aumentou as demandas por cargos e emendas parlamentares. Porém, como a Lei Eleitoral proíbe a execução de obras e serviços com recursos das emendas nos três meses que antecedem as disputas. Com a realização das eleições municipais em outubro, dentro do calendário legal, o governo teve só até o fim de junho para atender essas reivindicações. Dizem que 100 cargos comissionados, divididos entre o Ministério da Agricultura, Minas e Energia, Previdência e Ibama, foram objetos dessa cobiça.
8- Associações de Agronegócios entregaram ao temeroso presidento, um manifesto defendendo a "legitimidade constitucional" do novo governo e a realização de "reformas estruturais profundas" em nome da volta da "confiança do setor privado e a retomada de investimentos". Ou seja, de novo o setor privado intervindo no público para se beneficiar. Será a volta da escravidão com jornada de 12 horas e apenas 1 hora de folga para o almoço?
9- O país sentirá quando "a partir de certo momento" começar a adotar medidas impopulares, disse Michel Temer na abertura da Global Agribusiness Forum 2016, em São Paulo, em Julho. Que medidas são essas e por que já não as anunciou? Será ao certo que além das vaias, ele está com medo de perder a boquinha. Covarde!
10- Após chegar ao poder ancorado no discurso da suposta irresponsabilidade fiscal da presidenta afastada, Temer estourou a meta. Em pouco mais de 100 dias, ela já gastou 169 Bilhões, quando a meta prevista por Henrique Meirelles (Ministro da Fazenda) e sua equipe para o ano de 2016, seria de 170,5 Bilhões. Ou seja, faltando pouco mais de 4 meses para o fim do ano, o País vivendo a pior crise econômica da história (com o dinheiro parando de circular) e a indústria e comércio agonizando, o governo exagera em gastos públicos exorbitantes e não explicados. E não adianta colocar a culpa nas olimpíadas, que isso não vai colar.
Diante do exposto e com o parecer do Ministério Público federal de que as pedaladas fiscais não configuram crimes comuns, inclusive as que embasam o processo de impeachment, Dilma Rousseff será definitivamente absolvida e retornará ao cargo após o julgamento no Senado.
Não resta dúvida para ninguém que Dilma vencerá, nem para o procurador da República no Distrito Federal Ivan Marx, que pediu o arquivamento de investigação aberta para apurar possível infração penal de autoridades do governo da presidente afastada, no mês passado.
O calvário da presidenta legitimamente eleita, não será a redenção do seu vice golpista. Até poderia ser, se ele não tivesse construído um governo errante... "O ponte para o futuro é uma proposta equivocada", segundo o Senador Roberto Requião presidente do PMDB do Paraná, em entrevista ao programa " Mariana Godoy "no mês passado.
Não seria factível aceitar que 54,5 milhões de votos, conquistados legitimamente por uma presidenta comprovadamente honesta , fosse derrubado por apenas 54 votos de Senadores insensíveis, cegos e venais se o fizessem.
Acredito no poder da verdade, na defesa pessoal da presidenta Dilma e no bom senso dos Senadores, que acompanharam todo esse processo ilegal e horroroso. A vitória virá como veio para os jogadores do Brasil, desacreditada por muitos, mas com garra, força, coragem e fé.
O Brasil quer Dilma e novas eleições, porque só quem pode eleger o seu presidente num regime democrático de direito, é o povo e ninguém mais. Que os Senadores da república que realmente se preocupam com os seus eleitores acabem logo com esse governo provisório que só mal fez ao nosso País. Vamos a vitória com Dilma e com o povo brasileiro!
http://www.brasil247.com/pt/colunistas/ricardofonseca/251009/Dilma-vencer%C3%A1!.htm
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