A operação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Ministério Público de Contas para investigar suposto desvio no Departamento de Marketing no Banrisul é a bomba do dia no Rio Grande do Sul. A repórter Adriana Irion informa que três pessoas foram presas pela Polícia Federal, suspeitas de peculato e lavagem de dinheiro: o superintendente de marketing do Banrisul, Walney Fehlberg, um representante da agência SL&M, Gilson Storke, e um diretor da DCS, Armando D'Elia Neto. Com elas foram apreendidos cerca de R$ 2 milhões aparentemente sem origem identificada.
Pelos cálculos preliminares dos investigadores, o suposto desvio seria de R$ 10 milhões, segundo a PF, por meio de superfaturamento de serviços terceirizados, em um período de 18 meses, de janeiro do ano passado a junho deste ano. Significa que o foco está basicamente na gestão do ex-presidente Fernando Lemos, que deixou o Banrisul para ser juiz do Tribunal de Justiça Militar.
O presidente do Banrisul, Mateus Bandeira, foi acordado com um telefonema de um delegado da Polícia Federal, informando que tinha em mãos um mandado judicial de busca e apreensão no Departamento de Marketing. O delegado não deu detalhes. Bandeira ficou sabendo pela Rádio Gaúcha que as suspeitas envolvem duas grandes agências de publicidade envolvidas. Foram expedidos mandados de busca e apreensão de documentos nas agências DCS e SL&M, que prestam serviços ao Banrisul.
O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, falou rapidamente á Rádio Gaúcha e não quis dar detalhes da operação. Disse que as informações serão divulgadas somente no início da tarde, em entrevista coletiva.
Embora não haja, até o momento, indício do envolvimento de autoridades, a operação da PF é o assunto nos comitês de campanha.
A gestão no Banrisul, no período investigado, era compartilhada por PSDB, PMDB e PP.
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