A Unidade Popular realizou nesta sexta-feira (24) o último comício da campanha. Programado para iniciar às 19 horas, desde o início da tarde militantes se dirigiam ao Largo Glênio Peres, vindos de diversas cidades do interior. Mais de 500 ônibus entraram na capital desde a manhã. Militantes como Lila Lolito, de Uruguaiana, de onde saíram dois ônibus na noite de quinta-feira: "viemos para a vitória no primeiro turno", disse.
Os prefeitos de Ciríaco (Democratas), de Jóia e Ivoti (PP), de São Pedro do Butiá, Taquara, Venâncio Aires, Nova Palma e Lajeado do Bugre (PDT), de Mapituba, Novo Tiradentes, Mariano Moro (PMDB) estiveram presentes ao Comício e manifestaram seu apoio a Dilma Rousseff e Tarso Genro. Representantes de Centrais Sindicais também compareceram ao ato. Além das bandeiras dos partidos da Unidade Popular (PT, PSB, PCdoB, PR) também as de outros partidos como as do PDT, PL, PCB eram empunhadas pelos participantes do comício. Mais de 35 mil pessoas lotaram o centro de Porto Alegre.
Primeiro a falar, o ex-governador Olívio Dutra, afirmou que serão nove dias de uma decisão importante: "Nós que gostamos de fazer a política para o bem comum, com o protagonismo de todas as pessoas, de afirmação da cidadania temos uma ocasião rara", destacou, ao referir-se a possibilidade de eleger o mesmo projeto político no cenário nacional e regional. Ao se pronunciar, o senador Paulo Paim lembrou sua trajetória em defesa de todos os segmentos: "tenho orgulho de dizer que defendo as pessoas com deficiência, os aposentados, de defender a minha gente". A candidata a senadora Abgail Pereira (PCdoB) lembrou que as mulheres são a maioria do eleitorado. "Vamos decidir que o Brasil pela primeira vez vai ter uma mulher presidenta."
Tarso Genro destacou em seu discurso as "profundas mudanças democráticas que aconteceram no Brasil a partir do governo Lula". Tarso afirmou que o RS precisa estar de frente para o Brasil "distribuindo renda" e isso está expresso no Programa de Governo que foi construído com a participação de muitos gaúchos a partir das Caravanas pelo Rio Grande. "Nosso governo terá uma identidade ativa e propositiva".
Antes do discurso da candidata a presidência Dilma Rousseff, 13 mulheres do projeto Mulheres em Construção entregaram capacetes na cor lilás para o presidente Lula, para Dilma e Tarso. Em seu discurso, Dilma destacou os R$ 120 bilhões arrecadados pela Petrobras em sua capitalização para arrecadar fundos para investimentos na exploração da camada de pré-sal. A candidata finalizou com mensagem aos militantes e ao eleitorado: "Em 2002, disseram que se Lula ganhasse a eleição, seria o caos, nada daria certo. Hoje a gente sabe que tudo deu certo, mesmo que ainda tenhamos muito que fazer. Estamos novamente num momento em que se destila ódio. Ao ódio vamos responder com esperança e amor."
Ao encerrar o Comício, o presidente Lula disse que o seu governo tem muito a ver com o grau de amadurecimento do povo brasileiro. "É preciso que a gente saiba os valores que estabelecemos e a realidade que conseguimos mudar neste país. Não será mais possível alguém governar este país sem ouvir todos os segmentos organizados da sociedade", afirmou.
Segundo Lula, há um outro paradigma no país e fez um balanço das conquistas de seu governo: "Poucos países conquistaram o estágio de desenvolvimento em que nós chegamos". O presidente se disse gratificado por ter contribuído para recuperar a auto-estima e ajudar a construir cidadania no país. "Não é possível construir uma nação sem valores patrióticos e éticos e foi isso que começamos a construir", disse ao referir-se à capitalização da Petrobras. "O petróleo é do povo brasileiro, é nosso."
Lula agradeceu a Tarso a parceria no governo quando ministro da Justiça e da Educação e ressaltou a capacidade de governar e dialogar do candidato. E sobre Dilma afirmou: "quem pode construir a unidade e governar fortalecendo a democracia é esta mulher". E chamou a militância para os dias finais de campanha: "Não saiam das ruas até o dia 3 de outubro".
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