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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

19.9.10

Quem acredita em VEJA só pode ser ingênuo ou idiota. Vamos aos fatos dessa semana

Por Gustavo Barreto em 18/09/2010

Quem acredita em VEJA só pode ser ingênuo ou idiota. Vamos aos fatos dessa semana

Como detentor pelo menos dois neurônios em total conexão um com o outro, me sinto na obrigação de chamar a razão de volta, pelo menos neste pequeno porém nobre meio de comunicação que é a Revista Consciência.Net.

O panfleto político VEJA afirma que Vinícius Castro, sócio do filho da ex-ministra Erenice Guerra, recebeu R$ 200 mil por suposta influência na compra de Tamiflu, para tratamento de infectados pelo vírus da gripe H1N1, no ano passado. Na mente doentia dos editores de VEJA, o governo teria comprado mais Tamiflu do que o necessário, "de modo a obter uma generosa comissão pelo negócio". VEJA diz ter tudo gravado e, evidentemente, nunca mostrará nada. Chama-se "blefe".

Agora vamos a questões LÓGICAS:

1. Preço foi 76,7% mais baixo do que o de mercado.

2. Como poderia ser facilitada uma compra em que só há UM produtor mundial?!

3. Em 2009, o Brasil foi criticado, mas pelo contrário: comprara pouco. Havia reserva para apenas 5% da população, enquanto que em outros países essa taxa era muito maior: entre 30% e 45%. As sete compras realizadas para aumentar essa taxa somam, de fato, R$ 400 milhões. Ou 76,7% abaixo do preço de mercado… Acabou aí o "motivo" para a "comissão".

4. A empresa Roche, portanto, deve estar repleta de gente que adora rasgar dinheiro: além de ter vendido abaixo do preço de mercado, ainda distribuiu cachê para os assessores da Casa Civil, numa compra em que não havia concorrentes…

5. Como todos podem imaginar, nenhuma dessas informações consta na reportagem, que publicou a respeito disso apenas uma linha: "O Ministério da Saúde, que já gastou 400 milhões de reais com a aquisição do remédio desde o ano passado, afirma que não houve qualquer ingerência da Casa Civil – e que a quantidade de Tamiflu comprada foi definida somente por critérios técnicos". É sério: eles acabam por aqui (pode conferir).

Cabe registrar que o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, é uma vitória dos movimentos sociais. Um médico sanitarista formado na Fiocruz, tendo obtido grande respeito por sua atuação na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP) e em outras entidades em mais de 30 anos de atuação profissional. A saúde passa por um momento político de ouro a nível federal. Segundo Temporão, a Casa Civil não possui qualquer tipo de influência na compra de medicamentos…

Plano de Banda Larga seria uma "invenção" que custa caro

Como VEJA não tem nenhuma prova sobre o caso, passa a falar totalmente do nada sobre o caso da UNICEL, empresa de Telecom que supostamente se deu bem na Casa Civil. O grande lance deles seria participar do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que VEJA classifica como "uma invenção que vai consumir 14 bilhões de reais para universalizar o acesso a internet no Brasil". Novamente uma série de conjecturas, suposições, ironias…

VEJA tem a cara de pau de fazer o leitor imaginar que o tal valor que a UNICEL deveria pagar para entrar no mercado – reduzido de R$ 9,3 milhões para R$ 930 mil – foi por pura influência da Casa Civil. Não informou – por puro esquecimento – que foi decisão na Justiça, obtida por liminar. O pior: não informa que a UNICEL perdeu a briga na Justiça e teve de retornar ao valor original, isso em 2007.

Outro "esquecimento" de VEJA: não cogitou que o Comitê Gestor de Banda Larga trabalha efetivamente para fortalecer empresas de pequeno porte. Isso se chama, nas palavras de técnicos do setor, de "dar chance a empreendedores nacionais". Gabriel Boavista Lainder, assessor da Casa Civil, exemplifica, em nota publicada hoje pelo Globo: "Se o Steve Jobs (fundador da Apple) tivesse nascido no Brasil, a Apple não existia. No Brasil, só se você é grande você pode operar".

Claro que, para VEJA, isso é um crime. Imagina! Dar chance a empresa pequena, onde já se viu…

Agora, voltando ao que interessa: Cadê as provas do tráfico de influência?

Pra quê provas, afinal? O leitor de VEJA não sabe ler mesmo…

Já na semana passada, a VEJA chegou a publicar a prova do próprio crime… Leia o aqui texto de Luis Nassif.

A estória (com "e") da VEJA aqui.

A nota do Ministério da Saúde aqui.

http://www.consciencia.net:80/quem-acredita-em-veja-so-pode-ser-ingenuo-ou-idiota-vamos-aos-fatos-dessa-semana/

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz