Governo argentino pede prisão para proprietários dos jornais El Clarín e La Nación
O governo argentino apresentará denúncia contra os jornais El Clarín e La Nación, aos tribunais de La Plata, por terem sido cúmplices no sequestro e torturas sofridas por membros da família Graiver em novembro de 1976. Os Graiver eram donos da Papel Prensa e venderam suas ações, alegadamente sob pressões e tortura, aos veículos de imprensa.
Segundo o jornal Perfil, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, incluirá na denúncia um pedido de "imediata detenção" da proprietária do Grupo Clarín, Ernestina Herrera de Noble; do principal acionista do grupo, Héctor Magnetto; e do diretor do La Nación, Bartolomé Mitre.
Com as denúncias, a Casa Rosada sustenta a teoria de que os donos dos jornais oposicionistas seriam cúmplices de homicídio. O governo Kirchner e a viúva do antigo dono da Papel Prensa, Lidia Papaleo de Graiver, defendem que os jornais agiram em cumplicidade com os militares na década de 1970 para perseguir a família Graiver, cujo patriarca, David Graiver, faleceu em um suspeito acidente de avião.
Os donos do Clarín e do La Nación também serão denunciados pelo governo argentino pelo sequestro e assassinato do advogado Jorge Rubinstein, que representava a família Graiver.
Em agosto, Cristina apresentou um relatório acusando os donos dos dois jornais oposicionistas de crimes de lesa humanidade, por terem adquirido ações da Papel Prensa ilegalmente. A empresa é a maior produtora de papel-jornal da Argentina, e seus maiores acionistas são o Grupo Clarín e o La Nación, além do próprio goiverno argentino.
Fonte: Diario Perfil
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