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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

14.11.14

Não são apenas os “delegados do Aécio”, mas também os promotores

Não são apenas os "delegados do Aécio", mas também os promotores

13 de novembro de 2014 | 17:14 Autor: Fernando Brito

delegatuca

Saiu na Folha, para espanto dos que ainda se recordam da palavra "decoro".

"Procuradores da República no Paraná manifestaram apoio a delegados da Polícia Federal ligados à operação Lava Jato que declararam apoio ao então candidato Aécio Neves (PSDB) à Presidência. Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", esses delegados manifestaram apoio ao tucano e atacaram o PT em redes sociais no período de campanha à Presidência da República. A reportagem aponta que eles compartilharam propaganda eleitoral de Aécio e notícias sobre o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa."

Chegou a este ponto o nível que uma geração de prepotentes levaram as instituições brasileiras.

O Ministério Público saindo em defesa de um comportamento, no mínimo, vergonhoso dos delegados futriqueiros, sob a alegação de que não violaram a lei, embora tenham violado o decoro da função.

Daqui a pouco teremos juízes despindo a toga,  indo a manifestação dos "impixistas", voltando e vestindo seus paramentos de julgador.

Ou Gilmar Mendes discutindo os casos do STF no Twitter, que tal?

Pois, segundo os mui doutos promotores, ""em nosso país, expressar opinião privada, mesmo que em forma de gracejos, sobre assuntos políticos é constitucionalmente permitida, em nada afetando o conteúdo e a lisura dos procedimentos processuais em andamento".

Ora, rede social não é "opinião privada". Ninguém está questionando o que o delegado comentou com a mulher, depois do jantar, até porque isso só poderia ser sabido por espionagem imunda.

Um delegado de Polícia, ainda mais da Federal, está obrigado a ter, em assuntos que estejam sob sua atuação profissional, um mínimo de recato e compostura.

O que, como se vê agora, também anda em falta entre os senhores promotores que com eles partilham a instrução dos processos.

O Doutor Rodrigo Janot também foi publicamente desafiado por seus subordinados do Paraná, como o diretor da Polícia Federal e do Ministério da Justiça o foram pelos delegados "feicibuquistas".

Mas vão ficar quietinhos, fingindo que não viram.

Virou festa tucana o inquérito.

O Congresso, a Presidência, os advogados dos acusados, ninguém tem acesso ao processo, cujo sigilo de Justiça, porém, não existe para a Veja e para os grupos do Facebook.

E o pior, até os corruptos podem sair isentos desta história, por conta da contaminação política de um inquérito que deveria estar sendo conduzido com a maior seriedade e rigor por delegados e procuradores. Se amanhã, depois destas pataquadas, ficar evidente que houve contaminação política do processo e a validade das eventuais provas for atingida, cai tudo por terra.


http://tijolaco.com.br/blog/?p=23021



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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz