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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

25.2.14

50 anos do golpe - Boitempo Editorial

50 anos do golpe | Legados da ditadura que moldaram o Brasil contemporâneo

26.02.2014 - 03.04.2014

FFLCH | USP

O golpe brasileiro ainda não foi suficientemente acusado. O Brasil é o único país sul-americano onde torturadores nunca foram condenados. Não houve justiça de transição.

Em 2008, passados 20 anos da promulgação da Constituição vigente, pesquisadores reuniram-se na USP com o objetivo de discutir as heranças autoritárias deixadas pelo regime civil-militar de 1964. A pergunta que se formulou na ocasião e que batizaria o livro dela decorrente, “O que resta da ditadura?”, ensejou que fossem postas em questão as formas encontradas pela ditadura para permanecer em nossa estrutura jurídica, nas práticas políticas, na violência cotidiana e em nossos traumas sociais.

Seis anos se passaram, mas a questão não só permanece como se coloca de maneira mais urgente. O fato, entretanto, não se deve à mera proximidade da data histórica em que o golpe completa 50 anos. Por um lado, assistimos nesse entretempo a repugnante intensificação da violência de Estado, que, se jamais foi completamente extinta, tornou-se escancarada pela resposta dada às manifestações populares que tomaram as ruas desde junho. Por outro, tomaram corpo desde então, como prova a proliferação de Comissões da Verdade em diversas instituições brasileiras, esforços notáveis em revolver o solo de brutalidade política em que se assenta nossa experiência contemporânea.

Unindo-se a esses esforços, o Centro Acadêmico de Filosofia da USP, com apoio da Boitempo Editorial, propõe outra ocasião para pensar sobre esse engodo de transição em que nos metemos desde que os militares saíram do poder. Trata-se do seminário “50 anos do golpe: legados da Ditadura que moldaram o Brasil contemporâneo”. Além do ciclo de debates que, às quintas-feiras, reunirá diferentes perspectivas de pesquisadores, ativistas, cineastas e estudantes envolvidos com a questão, serão exibidos, na véspera, filmes que antecipam o tema da mesa do dia seguinte.

* * *

DEBATES
19h30 | às quintas | auditório da geografia

27 FEV | A repressão na cidade e no campo: os trabalhos da Comissão da Verdade
com Ivan Seixas (Comissão Estadual da Verdade), Tatiana Merlino (Comissão Nacional da Verdade - CNV) e Larissa Bombardi (USP/CNV) 
 
6 MAR | Transição e justiça
com Fábio Venturini (PUC) e Edson Teles (Unifesp)
 
13 MAR | O empresariado e a ditadura (quem encomendou o serviço)
com Maria Aparecida de Paula Rago (PUC), Rodolfo Machado (PUC/CNV) e Projeto Memória da Oposição Metalúrgica de SP
 
20 MAR | Partidos políticos e transição na América Latina
com Lincoln Secco (USP) e Osvaldo Coggiola (USP)
 
27 MAR | Cinema e transição
com Rubens Machado (USP), Rubens Rewald (USP), Rossana Foglia e Thiago
Mendonça (Cordão da Mentira/Coletivo Zagaia)
 
3 ABR | A atualidada da violência de Estado: uma transição desenhada para não terminar
com Paulo Arantes, Dario de Negreiros (Margens Clínicas), MPL, MTST, Mães de Maio e Metroviários
+ Lançamento do livro O que resta da transição, org. de Milton Pinheiro, pela editora Boitempo.
 
MOSTRA DE FILMES 
19h30 | às quartas | sala 8 | prédio de filosofia e ciências sociais
 
26 FEV |
Você também pode dar um presunto legal, de Sérgio Muniz [1971, 39 min.] 
Brazil, a Report on Torture,de Saul Landau & Haskell Wexler [1971, 60 min.]
 
12 MAR |
Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski [2009, 93 min.]
 
19 MAR |
Rua Santa Fé, de Carmen Castillo [Chile, 2007, 163 min]
 
26 MAR |
Corpo, de Rossana Foglia e Rubens Rewald [2007, 90 min.]
Blablablá, de Andrea Tonacci [1968, 32 min.]
 
2 ABR |
Branco sai, preto fica, de Adirley Queirós [2014, 90 min.]
Ninjas, de Dennison Ramalho [2010, 25 min.] 
 


http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/events/view/28


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz