Política
Eleições 2014
Hoje, Dilma venceria no primeiro turno nos dois cenários
Dilma durante cerimônia de formatura de alunos do Pronatec em Governador Valadares (MG), na segunda-feira 17. A população quer mudanças, mas ela segue favorita
Uma nova rodada da pesquisa feita pelo instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra um aumento da vantagem da presidenta Dilma Rousseff (PT) na disputa pelo Planalto em outubro. No último levantamento, de novembro, a entrada de Marina Silva (PSB) podia provocar segundo turno, mas, desta vez, por conta de uma diferença muito pouco maior que a margem de erro, Dilma venceria no segundo turno.
De acordo com a pesquisa CNT/MDA, Dilma teria hoje 40,7% das intenções de voto, contra 20,6% de Marina Silva, 15,1% de Aécio Neves (PSDB) e 0,4% de Levy Fidelix, do nanico PRTB. Assim, a diferença entre a intenção de votos de Dilma e a soma de todos seus adversários seria de 4,6 pontos percentuais. Como a margem de erro é de 2,2 pontos para cima ou para baixo, Dilma venceria no primeiro turno.
No cenário mais provável, em que o candidato do PSB é Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do partido, a vantagem de Dilma seria ainda maior. Segundo a CNT/MDA, ela teria 43,7% das intenções de voto, contra 17% de Aécio Neves e 9,9% de Eduardo Campos. Neste cenário, nenhum outro candidato aparece com votação significativa. Mais de um quinto dos eleitores (20,4%) dizem que anulariam ou votariam em branco e outros 9% se dizem indecisos.
Na pesquisa espontânea, Dilma também lidera. Seu nome foi lembrado por 21,3% dos entrevistados. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador tucano Aécio Neves (MG) aparecem em seguida, com 5,6%. Depois foram lembrados Marina Silva (3,5%), Eduardo Campos (1,6%), e dois tucanos, o ex-governador de São Paulo José Serra (0,5%) e o atual, Geraldo Alckmin (0,4%).
Segundo turno
Como nas rodadas anteriores, Dilma aparece na frente de todos os seus adversários em um cenário de segundo turno. O nome que apresentaria mais dificuldades para a petista segue sendo o de Marina Silva. Em novembro, Dilma tinha vantagem de 16,2 pontos porcentuais para a pessebista, margem que foi para 18 pontos agora (44,6% a 26,6%). Contra o senador Aécio Neves, a margem da vantagem de Dilma também cresceu, mas de forma mais discreta. Foi de 22,4 pontos em novembro para 23,2 agora (46,6% a 23,4%). Contra Eduardo Campos, a vantagem de Dilma teve um crescimento acentuado, passando de 24,4 pontos porcentuais em novembro para 30,6 pontos agora (48,6% a 18%).
Mudanças
A pesquisa de opinião detectou também o forte desejo por mudança nos rumos do país, como levantamentos anteriores já tinham feito. De acordo com os dados, 37,2% pedem uma forma de governar "totalmente diferente". Um quarto (25%) pede a continuidade de algumas ações e a mudança da maioria delas, enquanto 23,1% desejam que o novo governo mantenha a maioria de suas ações e mude algumas delas. Apenas 12,1% dos entrevistados desejam a manutenção da atual forma de governar.
A pesquisa CNT / MDA realizou 2.002 entrevistas com eleitores de 137 municípios de 24 estados brasileiros, e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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