Climas contrastantes como                            invernos muito frios e úmidos, e verões secos                            e áridos caracterizam Djelfa, uma província                            situada a 300 quilômetros ao sul da capital                            argelina, onde funciona desde 2008 um hospital                            oftalmológico com pessoal médico cubano.
                       
                      Por Carmen                            Esquivel*, no Diálogos do Sul
                      Atualmente existem mais                            de 700 médicos cubanos na Argélia,                            distribuídos em 12 wilayas ou províncias. 
                      Amizade Argélia Cuba é o nome                          do moderno centro, fruto da cooperação entre os                          dois países, que atende gratuitamente a                          população, não só dessa região, como também de                          muitas outras partes do país.
                      Praticamente oferecemos todos                          os serviços e especialidades, desde oftalmologia                          geral até cataratas, glaucoma, oftalmologia                          pediátrica, retina, neuroftalmologia, córnea e                          refrativa, oculoplástica, entre outras,                          explicou a Prensa Latina o diretor do centro,                          Osvaldo Tamayo.
                      O hospital conta também com uma                          unidade de urgências que funciona durante as 24                          horas do dia, explicou Tamayo durante uma visita                          às distintas salas da instalação.
                      Nas consultas é habitual a                          presença, além do médico e do paciente, de um                          tradutor ou tradutora, devido à variedade de                          idiomas do país, onde se fala árabe, mas também                          bérbere e francês.
                      Estou muito satisfeita e                          contente com o resultado de minha operação e com                          a atenção dos médicos, diz por meio do                          intérprete Nabila Mebarik, uma jovem de 24 anos                          que foi submetida a uma intervenção cirúrgica                          para corrigir um estrabismo.
                      Trata-se de uma patologia                          bastante frequente aqui, assim como a catarata                          congênita, explica o pediatra Armando Estévez.
                      Além disso, são muitos os                          transtornos refrativos, sobretudo as miopias, e                          os alérgicos, como a conjuntivite, devido ao                          clima.
                      O inverno aqui é muito                          rigoroso em alguns lugares e os verões são                          fortes, com mais de 40 graus de temperatura, o                          que influi em toda a patologia ocular,                          acrescenta o doutor.
                      Apesar de falar diferentes                          idiomas e dos usos e costumes diferentes, médico                          e paciente conseguem manter excelentes relações.
                      Geralmente são pessoas                          humildes, muito carentes, que nos procuram com a                          esperança de melhorar sua visão e sua qualidade                          de vida, e quando veem que são bem atendidas e                          constatam os resultados do tratamento ficam                          muito agradecidos, afirma o doutor.
                      Djemai Mouissat, de 67 anos,                          tinha uma úlcera na córnea e aqui os médicos                          cubanos trataram sua infecção. Agora está melhor                          e já não sente dor. Que deus os proteja e                          guarde, diz.
                      Um total de 110 cooperantes                          cubanos, entre médicos, oftalmólogos,                          licenciados, técnicos e engenheiros formam o                          pessoal do hospital.
                      Ali também trabalham argelinos,                          sobretudo nos distintos tipos de serviços,                          contabilidade, manutenção e apoio à assistência                          médica, como os intérpretes.
                      O centro realiza entre 60 e 80                          intervenções cirúrgicas diárias de todo tipo,                          inclusive cirurgia menor e as efetuadas com                          laser.
                      Com a colaboração cubana foi                          possível alcançar notáveis indicadores de saúde,                          não apenas em oftalmologia, como também em                          outros programas, como o materno-infantil, a                          urologia e a oncologia.
                       
                      Internacionalismo da                            Revolução
                      O diretor do centro lembra que                          a Argélia foi o lugar onde se materializou pela                          primeira vez um dos princípios da Revolução                          cubana, que é o internacionalismo.
                      Em maio de 1963, apenas poucos                          meses depois da vitória argelina contra a                          metrópole francesa, chegaram a este país                          norteafricano 56 especialistas, entre médicos,                          estomatólogos, enfermeiras e técnicos, para                          atender a população.
                      Devido à importancia do papel                          desempenhado pelos médicos, Argélia e Cuba                          propuseram o dia 24 de maio como a data para                          celebrar o início da cooperação bilateral no                          campo da saúde, ponto de partida de uma história                          de amizade compartilhada durante meio século.
                      Atualmente há neste país mais                          de 700 cooperantes distribuídos em 12 wilayas ou                          províncias, que atendem diversas especialidades.
                      Como resultado dos vínculos                          bilaterais foram inaugurados três hospitais                          oftalmológicos nas wilayas de Djelfa, Ouargla e                          Bechar, estando a ponto de abrir suas portas um                          quarto centro deste tipo.
                      A presença cubana é ampla, não                          só na Argélia, como também em muitos países do                          continente, onde já prestaram serviço mais de                          300 mil profissionais em vários setores.
                      Aqui estão sobretudo nas                          províncias do maciço central e no sul do país,                          onde são mais necessários, devido às difíceis                          condições das zonas desérticas.
                      Graças a este trabalho dos                          médicos, especialistas e técnicos, afirma o                          diretor do centro, o pessoal cubano da saúde                          goza de um prestígio bem merecido na África.
                      *Jornalista da Prensa Latina
                      Fonte: Tradução Portal                          Vermelho/ são paulo
                                       
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