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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

21.6.13

“Antipartidos" expulsam quem estava de vermelho no ato do MPL | Brasil de Fato

"Antipartidos" expulsam quem estava de vermelho no ato do MPL

Bandeiras de partidos e de movimentos sociais foram queimadas (foto); ato era em comemoração à revogação do aumento das tarifas em São Paulo

21/06/2013

José Francisco Neto

da Reportagem

Fotos: Thiago Biá

O que era para ser um ato de comemoração pela revogação do aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, virou uma praça de guerra motivada, principalmente, por pessoas ligadas à direita radical. Nesta quinta-feira (20), movimentos sociais, sindicais e alguns partidos que participaram do ato do Movimento Passe Livre, foram duramente expulsos da avenida Paulista, com suas bandeiras queimadas e seus militantes agredidos. Era apenas estar vestido com algum artigo vermelho para ser linchado por quem "defendia a democracia".

Acuados com gritos do tipo "sem partido" e "fora PT", os mais radicais que incitaram a violência exigiram para que até os movimentos sociais baixassem suas bandeiras. Eles argumentavam que esses movimentos também eram partidários. Houve empurra-empurra, troca de insultos, agressões físicas e a tomada de bandeiras vermelhas, que eram em seguida queimadas. Isso aconteceu até mesmo com bandeiras do PSTU, cujos militantes gritavam palavras de ordem contra o governo Dilma durante a passeata.

Uma barreira humana foi feita para isolar os manifestantes que seguiam pacificamente pela avenida Paulista. Mas não durava muito. Logo, os mais exaltados, furavam o bloqueio e agrediam as pessoas.

Para Maurício Costa de Carvalho, militante do PSOL, é normal em momentos como esse ter a diversidade de partidos comemorando algo que envolve toda a luta social. "O que é anormal é o estímulo, a ruptura desse movimento em torno da questão partidária. Eu acho que isso foi uma política bem elaborada por setores conservadores que envolvem o PSDB, se amparando numa fragilidade que os partidos têm hoje em dia, que é a fragilidade da história do PT", considera.

"Partidos não são somente para eleição, é o fato de se organizar enquanto movimento social, movimento estudantil e outros setores", acrescenta Rafael Silva Duarte, militante do coletivo Juntos.

Outro rapaz, de aproximadamente 20 anos, que também acompanhava a manifestação, disse ao Brasil de Fato que estava lá somente porque foi dispensado mais cedo do serviço. Ele trabalha numa ONG do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (FHC). "Falaram que ele [FHC] tinha dispensado todo mundo mais cedo para participar do ato", explica.

Aos poucos, as pessoas que foram para participar da manifestação pacífica, foram se dispersando e indo embora. O ato, que era para ser comemorativo, terminou com violência gerada por pessoas que queriam o fim da esquerda e dos movimentos sociais na rua.

http://www.brasildefato.com.br/node/13305


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz