Para Assange, agente que vazou informações sobre espionagem dos EUA é um herói
O jornalista australiano Julian Assange, fundador do Wikileaks, qualificou como "herói" Edward Snowden, ex-funcionário da CIA e antigo consultor da ANS (Agência Nacional de Inteligência dos EUA) que levou a público a rede de monitoramento de ligações telefônicas e comunicações por internet organizada pelo governo dos Estados Unidos.
Assange, que neste mês completará um ano asilado na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição à Suécia, afirmou em entrevista à emissora britânica Sky News, que Snowden, de 29 anos, revelou "um dos eventos mais sérios da década".
Segundo as informações vazadas pelo ex-funcionário da CIA, um programa chamado PRISM permite que as agências de inteligência possam acessar, sem autorização judicial, informações confidenciais de usuários de operadores telefônicas ou gigantes te internet como Google, Microsoft, Facebook e Skype.
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Para Assange, Snowden está agora "em uma posição muito problemática", pois foi usado contra ele "o mesmo tipo de retórica que foi utilizado contra Bradley Manning" - soldado acusado de divulgar mais de 700.000 documentos e telegramas diplomáticos ao Wikileaks e que está enfrentando julgamento nos Estados Unidos.
Segundo o jornalista australiano, a questão sobre a vigilância das comunicações é algo sobre o qual ele mesmo "e outros jornalistas e ativistas fizeram campanha há muito tempo". "É muito gratificante ver ser apresentada ao público uma prova tão clara e concreta", disse o jornalista australiano.
Assange disse que está em contato com o "pessoal de Snowden", mas se recusou a dar detalhes. Disse apenas que Manning e Snowden são homens "sérios, que acreditam em algo e demonstraram grande coragem".
Nos Estados Unidos, mais de 19 mil pessoas apoiaram nas últimas 24 horas um pedido ao presidente Barack Obama para que Snowden fosse perdoado.
Em entrevista ao jornal The Washington Post, Snowden declarou que tem a intenção de "pedir asilo a qualquer país que cultiva a liberdade de expressão e que defenda a privacidade global".
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