Moinho histórico de Ana Rech é parcialmente destruído
A derrubada do prédio gerou revolta entre moradores do bairro
Carlinhos Santos | Foto: Juliano Busetti, divulgação
A derrubada do prédio gerou revolta entre moradores do bairro, que começaram uma mobilização ainda nesta sexta. As primeiras manifestações de indignação foram pelo Facebook. Nesta sexta à tarde, às 18h30min, um grupo que reunia arquiteto, estilista, fotógrafo, empresários e moradores se reuniu para estudar alternativas de mobilização contra a destruição do patrimônio arquitetônico e paisagístico de Ana Rech.
O prédio era tema do trabalho de conclusão do estudante Lucas Daniel Castoldi, do curso de Arquitetura da UCS. A proposta dele, era de revitalização deste prédio histórico. Segundo Castoldi, que é morador do bairro, o moinho ainda estava em funcionamento e apenas uma parte dele estava desativada. A parte que foi demolida ainda funcionava com moagem de milho e farelo. A construção ainda não estava tombada, mas havia em processo em andamento, iniciado pela Samar (Sociedade Amigos de Ana Rech) em 2008.
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Daneluz tem propostas para o Moinho de Ana Rech
Daneluz propõe recuperação, desapropriação e a transformação do Moinho de Ana Rech em espaço público
08 de Setembro de 2012
A demolição parcial de mais um ícone do patrimônio histórico e cultural de Caxias do Sul chocou o candidato a prefeito de Caxias do Sul pela Frente Popular, Marcos Daneluz. Morador de Ana Rech, ele levou um susto ao ser informado sexta-feira de que o moinho local, uma construção de 60 anos, havia sito posto abaixo por máquinas de uma empreiteira. A demolição foi realizada antes mesmo do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Compac) analisar o processo de tombamento iniciado pela Sociedade Amigos de Ana Rech (Samar).
Inconformado com a perda de um patrimônio histórico, Daneluz entende que é um caso que deve ser levado ao Ministério Público para cobrar a responsabilização dos autores da demolição parcial e recuperação do prédio. Isso é um caso de polícia, pois era um prédio de 1942 e qualquer intervenção precisava ser autorizada pelo Compac e isso não ocorreu, então demonstra a incapacidade do município fiscalizar e preservar o patrimônio.
Na administração da Frente Popular, Daneluz, pretende investir em políticas culturais, implantando nos bairros Centros Culturais. Um espaço como esse tem que ser preservado e utilizado para levar cultura à população.
De acordo com familiares dos membros da cooperativa que administrava, o prédio foi derrubado após uma venda que teria ocorrido sem a realização de assembleia. "Meu pai (Sadi Turella), já falecido, foi membro da cooperativa por mais de 40 anos e essa demolição é um desrespeito à memória dele", afirmou a professora Neusa Andriolo, 46 anos, questionando a falta de uma ação do poder público. Onde estava o secretário de cultura que permitiu esse crime contra a história de Caxias.
A derrubada do prédio gerou revolta entre moradores do bairro, estudantes e profissionais de arquitetura, que começaram uma mobilização por meio das redes sociais, forçando a convocação de uma reunião do Compac para a próxima segunda-feira.
http://daneluzprefeito13.com.br/noticias/visualizar/30
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