O candidato ao Governo do Estado, Tarso Genro, participou na tarde desta quarta-feira (15) do programa Gaúcha Repórter, apresentado pelo jornalista Lasier Martins. Tarso apresentou suas ideias aos ouvintes, iniciando por uma avaliação de suas campanhas. Destacou que "a primeira candidatura foi de construção de um projeto partidário, a segunda partiu de um modelo que já estava se esgotando, de uma disputa aguda e menos propositiva. Hoje, as campanhas devem ser mais propositivas e concretas. São campanhas que disputam mais pela propriedade do que pelo que se propõem para o futuro".
Questionado sobre o que mais carece de atenção no Rio Grande do Sul, Tarso Genro destacou três pontos essenciais: Infraestrutura, educação e segurança pública. No que diz respeito à infraestrutura, mais especificamente estradas, o candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande diz que a prioridade são as ligações asfálticas entre os municípios e as Brs, ressaltando que "já estamos trabalhando numa Carta Convite para financiar a desobstrução de algumas vias cruciais."
Tarso Genro também fez referência à necessidade de se pensar em um novo modelo de pedágio para o Estado, o que precisa ser negociado já no primeiro ano de governo, trazendo para esta discussão, o Ministério Público e Coredes e, juntos, avaliar qual o modelo mais adequado de pedágio para o RS. " E é dentro deste novo modelo que vamos buscar investimentos privados", concluiu.
Dando continuidade à entrevista, Lasier Martins perguntou acerca da proposta de compatibilizar ajuste fiscal e déficit zero. Tarso destaca que, neste atual governo, o que existe é a transferência de rubrica de um setor para outro, ou seja, são aplicadas soluções precárias e não concretas para a construção do efetivo ajuste fiscal.
O candidato ao Governo do Estado disse que " o que o Rio Grande precisa fazer é um ajuste orçamentário adequado e fazê-lo crescer. Temos que gerar um surto de desenvolvimento, sem aumentar impostos, apresentando projetos realmente exequíveis junto ao Governo Federal", disse.
Para finalizar este tema, Tarso faz referência que o ajuste fiscal, tão propagado pelo atual governo, não passa de um mito, podendo ser considerado tão somente uma mera peça de propaganda.
Outro ponto levantado abordou o tema educação, indispensável para o desenvolvimento econômico e social. Tarso diz que é preciso adotar uma visão de mérito, ou seja, há necessidade de um estímulo positivo para os professores e a remuneração deve estar vinculada ao próprio crescimento profissional deles, como quando o professor sobe de um nível para outro.
Os professores terão uma agenda no Estado, quando se recebe trabalhadores, o Estado deve ter uma agenda para apresentar. Não podemos confundir mérito com meritocracia. Vamos unir a valorização da auto avaliação nas escolas com a avaliação técnica do Estado, finaliza sobre o tema.
Perguntado sobre segurança pública, Tarso faz referência a integração dos jovens na sociedade e que, para tanto, o Pronasci é fundamental, pois trabalha com comunidades mais vulneráveis na construção de um novo caminho para a juventude, promovendo cidadania. Além disso, será implantada a Polícia Comunitária nos bairros.
Já sobre o assunto precatórios, o candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande diz que serão pagos pela ordem e de acordo com o caixa do Estado. O último assunto abordado na entrevista foi como o candidato ao Governo do Estado irá tratar as invasões de terras e a reforma agrária. Tarso destaca que o diálogo é a melhor solução e terá o mesmo posicionamento que teve quando Ministro da Justiça, antecipando-se aos conflitos, chamando para "sentar a mesa e conversar".
Para finalizar o programa, Lasier Martins questiona sobre qual a política que será adotada para a atração de investimentos e os incentivos fiscais. Encerrando sua participação, Tarso Genro conclui que, na busca por atrair investimentos, os incentivos serão dados a partir de uma análise financeira e tratados de forma técnica.
Nas considerações finais, Tarso reforça a preparação para o Rio Grande do Sul para que o Estado volte a crescer no ritmo do Brasil, com distribuição de renda, desenvolvendo políticas sociais e buscando cada vez mais investimentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário