Empregos com carteira assinada são os mais procurados
A taxa de desemprego ficou em 7,6% em março, estatisticamente estável em relação a fevereiro (7,4%) e caiu 1,4 ponto percentual na comparação com março de 2009 (9,0%). Foi a menor taxa para um mês de março, em toda a série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), iniciada em 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados divulgados nesta quinta-feira mostram também que a população desocupada (desempregada), de 1,8 milhão de pessoas, permaneceu estável na comparação mensal e diminuiu (-14,1%) em relação a março de 2009.
A população ocupada (empregada, com ou sem carteira assinada), de 21,7 milhões, ficou estável no mês e cresceu 3,8% no ano, o que equivale a 796 mil postos de trabalho a mais. O número de trabalhadores com carteira assinada, da ordem de 10 milhões, ficou estável no mês e subiu 7,2% em relação a março de 2009 (ou mais 668 mil empregos com carteira assinada).
De acordo com o IBGE, o rendimento médio real dos trabalhadores – R$ 1.143.40 – aumentou 0,4% no mês e 1,5% frente a março de 2009, e a massa de rendimento real habitual dos ocupados (R$ 31 bilhões), referente a março de 2010, subiu 0,6% no mês e 5,2% no ano. Por sua vez, a massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 30,7 bilhões), referente a fevereiro de 2010, subiu 0,4% no mês e 6,3% no ano. O rendimento domiciliar per capita ficou estável no mês e subiu 3,5% no ano.
A taxa de desemprego de 7,6% em março refere-se a seis regiões metropolitanas investigadas pela pesquisa: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. Regionalmente, em relação a fevereiro, a taxa subiu nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Porto Alegre, 0,8 ponto percentual em ambas, e ficou inalterada nas demais. Na análise anual, a taxa de desempregados diminuiu 2,3 pontos percentuais em Recife e São Paulo.
Em crescimento
O dinamismo da economia estimulado pelo setor da construção civil, principal motor do mercado de empregos no país, tende a ser mantido, com o nível de atividade crescendo de forma expressiva nos próximos meses. A previsão consta da Sondagem da Construção Civil, divulgada nesta manhã pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC).
A pesquisa, feita no período de 3 a 5 deste mês, ouviu 294 empresas, das quais 28 de grande porte, 108 médias e 158 pequena. A expectativa dos entrevistados foi de crescimento forte do setor, com 66 pontos, num a escala de zero a 100. Sempre que o resultado fica acima de 50 pontos, a avaliação é considerada positiva, ou seja, haverá crescimento.
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