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Mino Carta comenta a edição nº 969 de CartaCapital
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"Moro e Janot atuam com os Estados Unidos contra o Brasil", diz cientista político
Postado em 7 de setembro de 2017 às 7:38 pm
Respeitado pela vasta obra em que disseca o poderio dos Estados Unidos a partir do financiamento de guerras e da desestabilização de países, o cientista político brasileiro Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira afirma, em entrevista ao Jornal do Brasil, que representantes da Lava Jato, como o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o juiz de primeira instância Sérgio Moro, avançam nos prejuízos provocados ao país e à economia nacional. Segundo o professor, os "vínculos notórios" de Moro e Janot com instituições norte-americanas explicam a situação atual das empresas brasileiras. (…)
Jornal do Brasil – E qual teria sido o papel norte-americano na destituição?
Moniz Bandeira – Há evidências, diretas e indiretas, de que os Estados Unidos influíram e encorajaram a lawfare, a guerra jurídica para promover a mudança do regime no Brasil. O juiz de primeira instância Sérgio Moro, condutor do processo contra a Petrobras e contra as grandes construtoras nacionais, preparou-se, em 2007, em cursos promovidos pelo Departamento de Estado. Em 2008, ele participou de um programa especial de treinamento na Escola de Direito de Harvard, em conjunto com sua colega Gisele Lemke. E, em outubro de 2009, participou da conferência regional sobre "Illicit Financial Crimes", promovida no Rio de Janeiro pela Embaixada dos Estados Unidos.
Jornal do Brasil – O sr, cita também o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no desmantelamento de empresas brasileiras…
Moniz Bandeira – Rodrigo Janot foi a Washington, em fevereiro de 2015, apanhar informações contra a Petrobras, acompanhado por investigadores da força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato, e lá se reuniu com o Departamento de Justiça, o diretor-geral do FBI, James Comey, e funcionários da Securities and Exchange Commission (SEC). A quem serve o juiz Sérgio Moro, eleito pela revista Time um dos dez homens mais influentes do mundo? A que interesses servem com a Operação Lava-Jato? A quem serve o procurador-geral da República, Rodrigo Janot? Ambos atuaram e atuam com órgãos dos Estados Unidos, abertamente, contra as empresas brasileiras, atacando a indústria bélica nacional, inclusive a Eletronuclear, levando à prisão seu presidente, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Os prejuízos que causaram e estão a causar à economia brasileira, paralisando a Petrobras, as empresas construtoras nacionais e toda a cadeia produtiva, ultrapassam, em uma escala imensurável, todos os prejuízos da corrupção que eles alegam combater. O que estão a fazer é desestruturar, paralisar e descapitalizar as empresas brasileiras, estatais e privadas, como a Odebrecht, que competem no mercado internacional, América do Sul e África.
Jornal do Brasil – Levando-se em consideração a destruição de empresas de infraestrutura no país, projetos para acabar com a exclusividade da Petrobras na exploração da commodity, o senhor acredita na tese de que o cérebro da Lava Jato está fora do país? Se sim, como se daria isso?
Moniz Bandeira – Não há cérebro. Há interesses estrangeiros e nacionais que convergem. Como apontei, os vínculos do juiz Sérgio Moro e do procurador-geral Rodrigo Janot com os Estados Unidos são notórios. E, desde 2002, existe um acordo informal de cooperação entre procuradores e polícias federais não só do Brasil, mas também de outros países, com o FBI, para investigar o crime organizado. E daí que, provavelmente, a informação através da espionagem eletrônica do NSA, sobre a corrupção por grupos organizados dentro da Petrobras, favorecendo políticos, chegou à Polícia Federal e ao juiz Sérgio Moro. A delação premiada é similar a um método fascista. Isso faz lembrar a Gestapo ou os processos de Moscou, ao tempo de Stálin, com acusações fabricadas pela GPU (serviço secreto). E é incrível que, no Brasil, um juiz determine, a polícia faça prisões arbitrárias, ilegais, sem que os indivíduos tenham culpa judicialmente comprovada, um procurador ameace processá-los se não delatarem supostos crimes de outrem, e assim, impondo o terror e medo, obtêm uma delação em troca de uma possível penalidade menor ou outro prêmio. Não entendo como se permitiu e se permite que a Polícia Federal, que reconhecidamente recebe recursos da CIA e da DEA, atue de tal maneira, ao arbítrio de um juiz de 1ª Instância ou de um procurador, que nenhuma autoridade pode ter fora de sua jurisdição, conluiados com a mídia corporativa, em busca de escândalos para atender aos seus interesses comerciais. A quem servem? Combater a corrupção é certo, mas o que estão a fazer é destruir a economia e a imagem do Brasil no exterior. E em meio à desestruturação da Petrobras, das empresas de construção e a cadeia produtiva de equipamentos, com o da "lawfare", da guerra jurídica, com a cumplicidade da mídia e de um Congresso quase todo corrompido. O bando do PMDB-PSDB apossou-se do governo, com o programa previamente preparado para atender aos interesses do sistema financeiro, corporações internacionais e outros políticos estrangeiros. (…)
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Jornal espanhol segue pista do doleiro que denunciou amigo de Moro e comprova corrupção no Panamá
O jornal El País foi atrás de uma pista dada por Rodrigo Tacla Durán sobre corrupção no Panamá e comprovou que a dica era quente.
Em reportagem publicada nesta quinta-feira, 7 de setembro, pelos repórteres Jose María Irujo e Joaquín Gil, a Odebrecht abriu conta no Banco Privada de Andorra, paraíso fiscal da Europa, em nome dos pais de um dos homens fortes do ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli, que governou o país entre 2009 e 2014.
Os repórteres publicam um documento interno do banco, em que é registrada a informação de que foi o grupo Odebrecht que apresentou os clientes.
Segundo o jornal, os pais do ex-ministro panamenho receberam depósitos de 10 milhões de dólares, o equivalente a 32 milhões de reais. O ex-ministro panamenho foi confrontado com a informação e confirmou a existência da conta, mas disse que era fruto de negócios lícitos.
Para os brasileiros, a reportagem tem importância não apenas porque envolve o nome da Odebrecht, mas principalmente porque reforça a credibilidade das denúncias de Rodrigo Tacla Durán.
Há alguns dias, a coluna da jornalista Mônica Bergamo informou que Durán está escrevendo um livro em que narra o episódio no qual o advogado Carlos Zucolotto Júnior, amigo de Sérgio Moro, que dividiu escritório com a esposa do juiz, tentou lhe vender facilidades na Lava Jato.
Moro, embora não tenha sido acusado diretamente por Tacla Durán, saiu em defesa do advogado Zucolotto, através de nota:
"Lamentável que a palavra de um foragido da Justiça brasileira seja utilizada para levantar suspeitas infundadas sobre a atuação da Justiça", diz a nota assinada pelo juiz.
Segundo Moro, o relato de Durán era "absolutamente falso" e Zucolotto, padrinho de seu casamento, é "profissional sério e competente".
O DCM divulgou com exclusividade a informação de que, em documento apresentado à Receita Federal, o escritório de Rodrigo Tacla Durán no Brasil confirmou ter feito pagamentos a Zucolotto e a Rosângela Moro, esposa do juiz, mas não mencionou as razões desses pagamentos, com a alegação de que contratos entre advogados são protegidos por sigilo profissional.
Em novembro do ano passado, Tacla Durán foi acusado pelo Ministério Público Federal de usar seu escritório de advocacia como fachada para operações de lavagem de dinheiro. Tacla seria, na prática, doleiro e trabalhou para a Odebrecht.
Por conta dessa investigação, Moro aceitou o pedido de mandado de prisão contra ele, mas não conseguiu colocá-lo na cadeia.
Quando houve a operação da Policia Federal, chamada de Dragão, Tacla Durán estava fora do Brasil.
Preso na Espanha, se defendeu, a Justiça negou o pedido de extradição e ele foi colocado em liberdade. Tacla Durán tem dupla cidadania – é espanhol e brasileiro.
Em liberdade, em julho deu a entrevista ao El País, em que contou que a Odebrecht mentiu à Justiça brasileira ao dizer que pagou em propina cerca de 8 bilhões de reais. Segundo ele, a conta é muito maior. Passa de 34 bilhões. Na entrevista, citou o caso do Panamá, entre outros.
Dois meses depois, a coluna de Mônica Bergamo informou a existência do projeto de livro e a informação de que Zucolotto ofereceu a ele termos para um acordo de delação premiada – ele ficaria apenas seis meses em prisão domiciliar, com tornozeleira, mas teria que fazer um pagamento por fora.
Na semana passada, a coluna Radar, da Veja, informou que Tacla Durán teve relacionamento profissional com Rosângela Moro e que, por conta disso, Moro deveria ter se afastado da investigação, declarando-se suspeito.
O Ministério Público Federal teve acesso a essa informação, mas, segundo a nota, a omitiu, para não provocar o afastamento do juiz.
Na reportagem publicada hoje pelo El País, os repórteres Jose Maria Irujo e Joaquín Gil, protegem a fonte e não contam como tiveram acesso a documentos internos do banco de Andorra.
Mas mencionam que, em julho, entrevistaram Tacla Durán e ele informou que os tentáculos da Odebrecht eram muito mais longos do que se falava no Brasil e alcançavam o Panamá.
Jose Maria Irujo e Joaquín Gil nunca dirão, mas não é preciso ser Sherlock Holmes para desconfiar que os documentos do banco de Andorra saíram do colete de Tacla Durán, que já disse ter prova da negociação travada com o padrinho de casamento de Sergio e Rosângela Moro.
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Bob Fernandes / Veja afirma que Lava Jato ocultou documento da Receita...
Vídeo: https://youtu.be/xrlDmzVaNUU
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Bob Fernandes: Lava Jato ocultou da Receita pagamento a advogado amigo de Moro e fez-se silêncio
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Moro deve explicações à Nação
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Privatizaciones en Brasil - Protestas contra ley de reforma laboral
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Jessé Souza
Ilusões do liberalismo: https://youtu.be/Z_Ug6i9XdEs
A elite do atraso: https://youtu.be/ZiJpmPCUaE4
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Vem aí um novo golpe?
O fato de Lula liderar as intenções de voto para 2018 cria um impasse para os donos do dinheiro que afastaram o PT do governo. Eles não deram um golpe para assistir, pouco mais de dois anos depois, à vitória de Lula e à volta do PT. Assim, abre-se um novo leque de possibilidades.
Por: Silvio Caccia Bava
30 de agosto de 2017
Texto completo: http://diplomatique.org.br/vem-ai-um-novo-golpe/
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