Grito dos Excluídos
O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. O Grito não tem um "dono", não é da Igreja, do Sindicato, da Pastoral; não se caracteriza por discursos de lideranças, nem pela centralização dos seus atos; o ecumenismo é vivido na prática das lutas, pois entendemos que os momentos e celebrações ecumênicas são importantes para fortalecer o compromisso.
Por que o 7 de setembro
Desde 1995, o Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro. É o dia da comemoração da independência do Brasil. Nada melhor do que esta data para refletir sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações do Grito. Nesta perspectiva, o Grito se propõe a superar um patriotismo passivo em vista de uma cidadania ativa e de participação, colaborando na construção de uma nova sociedade, justa, solidária, plural e fraterna. O Dia da Pátria, além de um dia de festa e celebração, vai se tornando também em um dia de consciência política de luta por uma nova ordem nacional e mundial. É um dia de sair às ruas, comemorar, refletir, reivindicar e lutar. O Grito é um processo, que compreende um tempo de preparação e pré-mobilização, seguido de compromissos concretos que dão continuidade às atividades.
Lema: 2017 – "Por direitos e Democracia, a luta é todo dia"
Em 2017, com o lema do 23º Grito dos/as Excluídos/as: "Por direitos e democracia a luta é todo dia", chama a atenção da sociedade para a urgência da organização e luta popular frente à conjuntura em que o país vive hoje, estamos diante de um cenário de retrocessos, muitas vezes com o apoio dos meios de comunicação social, de desmonte do processo democrático e da perda iminente de direitos dos trabalhadores, conquistados a duras penas. Situação que se agrava com a corrupção política que tornou o Brasil um verdadeiro mar de lama. Porque este sistema está preocupado em defender e resolver o problema da economia, por isso o Grito quer rediscutir esse sistema, propondo que a vida esteja em primeiro lugar.
Eixos:
DEMOCRATIZAR A COMUNICAÇÃO, DIREITOS BÁSICOS, ESTADO FOMENTADOR DE VIOLÊNCIA, QUE PROJETO DE PAÍS DESEJAMOS? QUE ESTADO QUEREMOS?, PARTICIPAÇÃO POLÍTICA É EMANCIPAÇÃO POPULAR, UNIR GENEROSAS/OS NAS RUAS, UMA ECOLOGIA INTEGRAL.
Igrejas Cristãs e trabalhadores/as detalham Grito dos Excluídos no RS
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23º Grito dos Excluídos, dia 7 de setembro, em Porto Alegre
O bispo auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre, Dom Adilson Pedro Busin, ressaltou o lema desta edição "Por direitos e democracia, a luta é todo dia". Segundo ele, "neste momento atual de desesperança, a realização do Grito se torna muito oportuna". O bispo da CNBB disse também que nas ruas é possível "erguer a nossa voz e a nossa indignação. É um momento em que muitos excluídos se somam a tantos outros que já existiam. Por isso, neste dia 7, vamos caminhar, erguer a nossa voz e lutar por um Brasil melhor".
Em seguida, o bispo da Igreja Episcopal Anglicana de Porto Alegre, Dom Humberto Eugênio Maiztegui Gonçalves, afirmou que o Grito é uma oportunidade das igrejas se somarem na defesa da democracia e dos direitos. "Após o golpe, as igrejas estão se manifestando de maneira muito contundente, pois estão retirando direitos básicos que garantem a dignidade humana", declarou.
O representante do CONIC-RS disse ainda que os atuais governos estão acabando com a soberania, uma vez que tiram o direito das pessoas pensarem. "Esse grito é para formar cidadãos. Queremos unir todo o povo na rua", projetou.
O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, ao enumerar os diversos ataques brutais que a classe trabalhadora vem sofrendo com o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). "O deus mercado não é um Deus bom para nós, pois está transformando o nosso Brasil num país para uma minoria." Nespolo anunciou o lançamento de uma campanha nacional, aprovada no Congresso Extraordinário da CUT, para a coleta de no mínimo 1,5 milhão de assinaturas em projeto de lei de iniciativa popular para revogar a lei da reforma trabalhista. "Temos que barrar, de todas as formas, a perda de direitos dos trabalhadores e evitar a precarização do trabalho e o desmonte da Justiça do Trabalho", destacou.
A coleta de assinaturas será realizada em todo o país, com a organização de comitês municipais. A entrega do projeto está prevista até o dia 11 de novembro, quando entrará em vigor essa legislação que altera mais de 100 artigos da CLT, prejudicando os trabalhadores. "Vamos conversar com os demais movimentos para ampliar a coleta de assinaturas".
Todos os gritos
Representando o MST-RS, Aida Teixeira salientou que o movimento sempre participa do Grito dos Excluídos. "Esses atuais governos não nos representam e entregam as nossas terras e as nossas riquezas para o capital estrangeiro", denunciou. De acordo com ela, no Brasil há 130 mil famílias acampadas. No Rio Grande do Sul o número chega a 2 mil famílias. "O nosso grito é por políticas públicas, pela reforma agrária popular, por assentamentos que garantam condições mínimas", defendeu.
Para a catadora Michele, o Grito dos Excluídos é uma oportunidade para dar visibilidade aos carrinheiros. "Sobrevivemos daquilo que a sociedade não quer mais, com o que excluem. Queremos e merecemos ser reconhecidos como trabalhadores", sublinhou.
Em nome dos artistas e trabalhadores da cultura, Patrick Acosta citou medidas dos governos federal, estadual e municipal que desmontam as políticas públicas e incentivos culturais. "Há um empenho de alguns governantes de marginalizarem os artistas, de restringirem o uso dos espaços públicos. A cultura precisa ser vista de uma forma ampla, como geradora de valor, identidade e consciência. Por isso, nos somamos também ao Grito dos Excluídos", explicou Patrick.
Destacando o desgoverno do governador José Ivo Sartori (PMDB), a diretora do Semapi-RS, Regina Abrahão, falou sobre a vida difícil dos servidores estaduais. "Vivemos num caos. Sartori está sucateando o Estado e desmontando fundações superavitárias que realizam pesquisas de excelência para transformar o Rio Grande do Sul num estado mínimo", criticou Regina.
Participando pela primeira vez do Grito do Excluídos, entidades de representação de imigrantes participaram da coletiva. O haitiano Prenor Joseph falou da realidade dos trabalhadores imigrantes, que deixam em seus países de origem inúmeras dificuldades, para buscarem melhores alternativas num lugar estrangeiro. "Estamos aqui para erguer a voz dos imigrantes. Não somos mercadorias, já estávamos à margem da sociedade no nosso país e continuamos aqui. Lutamos todos os dias contra o racismo, a xenofobia, a discriminação e a exclusão", enfatizou o haitiano.
Ao final, a representante da Cáritas-RS, Roseli Dias, "pediu a sensibilidade e a abertura de espaço na mídia para fazer as informações sobre o Grito dos Excluídos chegarem à população". Ela salientou que a democratização da comunicação com o direito à informação também é "um dos gritos deste Grito".
Confira a programação do Grito dos Excluídos em Porto Alegre
9h – Concentração na Rótula das Cuias, no Parque da Harmonia, para acolhida e mística;
10h – Caminhada pela Avenida Beira Rio até a Avenida Ipiranga (local de dispersão do desfile militar) e retorno até a Praça Júlio Mesquita (em frente à Usina do Gasômetro);
12h – Almoço comunitário.
Mais informações sobre o GRITO DOS EXCLUÍDOS EM PORTO ALEGRE: https://goo.gl/YnDhyz - https://goo.gl/2cETLC.
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23º Grito dos Excluídos, dia 7 de setembro, em Caxias do Sul
Os movimentos sociais de Caxias do Sul convocam, para este dia 7 de setembro, a mobilização "Grito dos Excluídos".
A concentração será na rua Andrade Neves, entre a Sinimbu e a rua Os 18 do Forte, às 10h da quinta-feira. Os participantes devem vestir preto porque este é um momento de luto e perda de direitos. O protesto vai percorrer a rua Sinimbu, após o desfile oficial.
Os grupos participantes devem levar objetos relacionados às lutas específicas, mas também com destaque para a pauta nacional.
Os grupos participantes devem levar objetos relacionados às lutas específicas, mas também com destaque para a pauta nacional.
COMO PARTICIPAR
▶ Encontre o pessoal às 10h do dia 07/09, na rua Andrade Neves, entre a Sinimbu e a rua Os 18 do Forte
▶ Vá vestindo preto
▶ Leve faixas, cartazes, bandeiras, o que quiser
▶ Ajude a divulgar nas redes sociais e para os amigos
HISTÓRIA
O primeiro Grito dos Excluídos foi realizado em 7 de setembro de 1995 e teve como lema: "A Vida em primeiro lugar". A iniciativa surgiu das Pastorais Sociais em 1994, a partir da Campanha da Fraternidade, que apresentava o tema: "A fraternidade e os excluídos". O Grito surgiu da intenção de denunciar a exclusão e valorizar os sujeitos sociais. Desde então, a mobilização é realizada em todo o país, sempre com um tema relacionado à realidade do momento. O Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, para refletir sobre a soberania nacional.
EM 2017
Neste ano, o 23º Grito dos(as) Excluídos(as) traz como lema: "Por direitos e democracia, a luta é todo dia. A ação denuncia o cenário de retrocessos, de desmonte do processo democrático e da perda iminente de direitos dos trabalhadores. Situação que se agrava com a corrupção política. Enquanto o sistema está preocupado em defender e resolver o problema da economia, o Grito dos Excluídos propõe que a vida esteja em primeiro lugar.
Mais informações sobre o GRITO DOS EXCLUÍDOS EM CAXIAS DO SUL: https://goo.gl/pe7DGA
▶ Leve faixas, cartazes, bandeiras, o que quiser
▶ Ajude a divulgar nas redes sociais e para os amigos
HISTÓRIA
O primeiro Grito dos Excluídos foi realizado em 7 de setembro de 1995 e teve como lema: "A Vida em primeiro lugar". A iniciativa surgiu das Pastorais Sociais em 1994, a partir da Campanha da Fraternidade, que apresentava o tema: "A fraternidade e os excluídos". O Grito surgiu da intenção de denunciar a exclusão e valorizar os sujeitos sociais. Desde então, a mobilização é realizada em todo o país, sempre com um tema relacionado à realidade do momento. O Grito dos Excluídos realiza-se no dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, para refletir sobre a soberania nacional.
EM 2017
Neste ano, o 23º Grito dos(as) Excluídos(as) traz como lema: "Por direitos e democracia, a luta é todo dia. A ação denuncia o cenário de retrocessos, de desmonte do processo democrático e da perda iminente de direitos dos trabalhadores. Situação que se agrava com a corrupção política. Enquanto o sistema está preocupado em defender e resolver o problema da economia, o Grito dos Excluídos propõe que a vida esteja em primeiro lugar.
Mais informações sobre o GRITO DOS EXCLUÍDOS EM CAXIAS DO SUL: https://goo.gl/pe7DGA
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Mais informações sobre o GRITO DOS EXCLUÍDOS: www.gritodosexcluidos.org - http://www.gritodosexcluidos.org/historia/
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