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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

21.2.17

Sindicato pede à Justiça a anulação da venda de Carcará, campo do pré-sal

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Sindicato pede à Justiça a anulação da venda de Carcará, campo do pré-sal

por Carlos Drummond — publicado 20/02/2017 14h35
A Federação Única dos Petroleiros alega que a compra do campo pela norueguesa Statoil atenta contra o interesse público e a Constituição
Fernando Frazão / Agência Brasil
Carcará

Para os petroleiros, venda de Carcará lesa o Brasil

A Federação Única dos Petroleiros, representante de trabalhadores da Petrobras, pediu à Justiça na segunda-feira 13 a anulação da venda, realizada em julho, do campo de Carcará, da camada do pré-sal, à norueguesa Statoil, por causa do preço vil da transação e várias ilegalidades.

"É um crime lesa-pátria. Além do preço bastante rebaixado, Carcará é o campo do pré-sal que tem a maior coluna de óleo. A empresa está entregando esse campo a dois dólares o barril, cotado no mercado entre 50 e 60 dólares", disse a CartaCapital José Maria Rangel, coordenador geral da FUP. Na época do negócio, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, alegou que o campo "tem algumas características que não são interessantes" e haveria um "endeusamento" das reservas do pré-sal.

A ação iniciada na 13ª Vara Federal do Rio de Janeiro argumenta com dados geológicos da estimativa de óleo do bloco exploratório e contesta a justificativa da empresa, de necessidade de outras tecnologias e equipamentos para explorar a jazida.

A venda é considerada uma transferência quase gratuita de um reservatório de energia estratégico para o País, em um "atentado contra o interesse público e clara afronta à Constituição".

Os petroleiros querem ainda que a Petrobras apresente todos os estudos e a documentação referentes a Carcará, inclusive as atas das reuniões do conselho de administração que trataram do tema.

A venda envolve a participação de 66% da Petrobras no bloco exploratório BM-S-8, designação técnica de Carcará, por 2,5 bilhões de dólares, sendo 1,25 bilhão à vista e o restante em parcelas. O restante pertence às empresas Petrogal (14%), Queiroz Galvão Exploração e Produção (10%) e Barra Energia (10%). 

A Statoil teria adquirido reservas muito maiores que as divulgadas pela Petrobras e por isso o preço foi aviltado, condenam os críticos. Para o geólogo Luciano Seixas Chagas, ex-funcionário da empresa pública e renomado consultor na área de petróleo e gás, o primeiro aspecto a considerar no exame da venda de Carcará é que não se trata, ainda, de um campo de petróleo, pois não teve declarada a sua comercialidade.

"Quando se fala que já produz 35 mil barris diários, esta produção é apenas de um poço, em estágio de teste de produção. Se só um poço, em teste, apresenta tal produção diária, com restrições instrumentais e de equipamentos, imagine-se quão gigantesca será a produtividade dos poços de Carcará submetidos a pressões anormalmente elevadas".

Os três poços perfurados, diz, atravessaram as maiores espessuras de microbiais do pré-sal. Um deles foi além e trespassou uma espessura adicional superior a 400 metros, composta por uma mistura de rochas vulcânicas e sedimentares.

"Ainda existem reservatórios inferiores, abaixo de toda a seção perfurada, formada por rochas sedimentares compostas de fragmentos de conchas e outros invertebrados, que apenas foram tocadas. São imagens óbvias, nas seções sísmicas, que o poço mais profundo apresentou indicações da presença de hidrocarbonetos."

A explicação, segundo o geólogo, visa salientar "o quão açodado foi o processo de venda, diante dos volumes já descobertos e dos volumes potenciais evidenciados por ferramentas de medidas de pressão (repeat formation test – RFT's). Quem vende Carcará nem sabe o que vendeu. Quem comprou, evidentemente fez muito melhor."

Entre as aberrações denunciadas por Chagas está o condicionamento do pagamento de uma prestação "à unitização com a área vizinha, a norte, que nada mais é que a continuidade da estrutura de Carcará, como comprovado pela perfuração do segundo poço, na porção norte do bloco BM-S-8. Na venda, os outros prospectos, chamados Guanxuma, também no mesmo bloco, foram absolutamente ignorados ou propositadamente desconsiderados. A cada dia aparece uma face nova da negociação de Carcará', sempre pouco transparente, sempre pior que a de antes."

O secretário de assuntos jurídicos e institucionais da FUP, Leonardo Urpia, concorda. "Poucos poços foram perfurados na estrutura e a acumulação passa para a área da União ao Norte. Há, portanto, considerável dúvida quanto ao volume, podendo ser muito maior. Um exemplo foi o volume de óleo in place no supergigante campo de Búzios, que passou de 26,6 bilhões de barris em 2014 para 29,8 bilhões em 2015, uma variação de 3,2 bilhões."

http://www.cartacapital.com.br/economia/sindicato-pede-a-justica-a-anulacao-da-venda-de-carcara-campo-do-pre-sal



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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz