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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

21.10.13

Com pé atrás, Veja embarca no "trensalão" tucano | Brasil 24/7

247 - Aos poucos, de forma cautelosa e extremamente discreta, a revista Veja, da família Civita, começa a embarcar no chamado "trensalão" tucano. 

Neste fim de semana, a reportagem "Trilha de Dinheiro", assinada pela jornalista Alana Rizzo, aborda o escândalo das propinas pagas por empresas como Alstom e Siemens a governos do PSDB em São Paulo.

O discurso é bem mais cuidadoso do que o de alguns anos atrás, quando a própria Veja investigava esquemas de caixa de dois para a segunda campanha presidencial de Fernando Henrique Cardoso, em 1998. Naquele ano, a revista afirmava, com todas as letras, que Andrea Matarazzo, hoje vereador, arrecadou parte do caixa dois (leia mais aqui), num esquema que passou pela multinacional Alstom. Ou seja: era um esquema de corrupção sistêmica, que passava pela alta cúpula do partido, com o propósito de perpetuá-lo no poder.

Agora, o discurso é diferente – e está alinhado com a estratégia do governador Geraldo Alckmin de se colocar como vítima do cartel, disposto a combatê-lo. Tudo não passaria de desvios cometidos por servidores graduados, mas não pela cúpula partidária.

"Nunca saiu da fase genérica a acusação de formação de cartel de companhias estrangeiras fornecedoras de equipamentos para governos de São Paulo comandados desde 1995 pelo PSDB", diz a reportagem, em sua primeira frase. "Mas, até a semana passada, faltava ao caso um elemento crucial: para que a cartelização funcionasse, muito provavelmente teria sido necessária a colaboração de altos funcionários do governo".

Veja cita os nomes de João Roberto Zaniboni, ex-diretor de operações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, de Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes Metropolitanos, de Eduardo Bernini, ex-presidente da Eletropaulo e de Henrique Fingermann, ex-presidente da Empresa Paulista de Transmissão de Energia. O atual governador, Geraldo Alckmin, e seus dois antecessores, José Serra e Mário Covas, entram "en passant" pela reportagem.

A Alckmin, interessa consolidar o discurso de que os desvios teriam sido falhas isoladas de servidores – e não um esquema de corrupção sistêmica, destinado ao financiamento de campanhas. Veja, desta vez, parece disposta a ajudar.



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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz