Na segunda e terça-feira (1 e 2), em Brasília, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) promoveram uma reunião técnica com países do Cone Sul para discutir a criação de um índice de inclusividade, que servirá para medir a qualidade de atendimento e a acessibilidade de pessoas com deficiência.
O índice será formado a partir de informações sobre emprego e matrículas nas escolas para pessoas com deficiência, condições de trabalho, acessibilidade urbana, funcionamento de centros de reabilitação e fornecimento de órteses (materiais e equipamentos para uso provisório) e próteses (materiais que substituição definitivamente órgãos e partes do corpo humano) na rede pública de saúde.
"Esses indicadores são muito importantes. Já temos políticas e ações para pessoas com deficiência. Falta medir a implementação e o impacto disso", explica Izabel Maior, subsecretária nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da SEDH.
Na opinião de Izabel Maior, o Brasil tem os "piores exemplos" de disponibilidade de infraestrutura urbana para pessoas com deficiência. Ela chama a atenção que ainda falta sensibilidade e educação às pessoas, que não respeitam, por exemplo, as vagas para carros que conduzem deficientes. "Isso não é uma regalia", lembra a subsecretária.
Mas Izabel Maior também cita bons exemplos de iniciativa no país que melhoraram a acessibilidade, como é o caso da cidade de Socorro, no interior paulista, que está 100% adaptada a pessoas com deficiência. "O investimento da rede hoteleira da cidade já deu retorno", disse. Segundo a subsecretária, Socorro transformou-se em cidade muito visitada por pessoas portadoras de deficiência e idosos.
O encontro em Brasília contou com a presença de Eneida Ferres Fergson, responsável pelo programa de Ação das Américas da OEA, que trata de ações de inclusão e acessibilidade.
Da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário