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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

9.11.16

Trump na Casa Branca

Trump na Casa Branca

trump-na-casa-brancaPor Miguel Urbano Rodrigues
e editores de ODiário.info

Não há precedente na pátria de Jefferson para uma campanha eleitoral tão sórdida e recheada de insultos como a última.

Donald Trump tomará posse em Janeiro como 45º Presidente dos Estados Unidos da América.

Obama foi um mau presidente. Trump será muito pior.

As sondagens até final davam Hillary como vencedora. Mas foram desmentidas nas urnas. Trump ganhou e por uma margem relativamente confortável.

Donald Trump fez desde o início da sua campanha declarações profundamente reacionárias. Insultou as mulheres com afirmações sexistas e, ao comprometer- se a erguer um muro na fonteira com o México, hostilizou milhões de latinos. Ameaçou aliás expulsar os imigrantes ilegais.

As posições que assumiu relativamente à política exterior alarmarem o Pentágono e o Departamento de Estado.

Foi acusado de simpatias por Putin ao declarar que pretende melhorar as relações com a Rússia. As grandes empresas do complexo militar industrial reagiram com alarme quando afirmou que tem a intenção de desenvolver as relações comerciais com a China e reduzir a dimensão do orçamento de defesa.

Mas, sempre contraditório, depois de distanciar do lobby sionista, disse já no final da campanha que ajudará Israel "a destruir o Irã".

Arrasar o establishment, que definiu como "classe política corrupta", foi um slogan permanente da sua campanha.            

Hillary Clinton foi, pelo contrário, a candidata apoiada pelo establishment. Contou com o apoio do grande capital, da quase totalidade dos grandes media e da maioria dos intelectuais e artistas.

Mas, em artigos e entrevistas, intelectuais de prestígio como John Pielger, Oliver Stone, James Petras e Julian Assange identificaram nela "o mal maior", um perigo para a Humanidade por ter admitido o eventual recurso a armas nucleares num eventual confronto bélico com a Rússia.

Que fará Trump na Casa Branca?

Muitos observadores admitem que, sob a pressão do Sistema, engavetará rapidamente muitos dos compromissos assumidos durante a campanha. Seguiria o exemplo de Obama.

Mas o multimilionário Presidente eleito dos EUA é um homem imprevisível, meio tresloucado.

Uma onda de pânico atingiu às primeiras horas da madrugada Wall Street e o Pentágono. As bolsas da América, da Europa e da Ásia tendem a despenhar-se.

O mundo acompanhou com absorvente interesse as eleições americanas. Existe convergência no tocante ao caráter sórdido das campanhas dos candidatos. Em ambas ficou transparente a decadência dos EUA e de um Sistema de poder que aspira a dominar o planeta e surge como responsável por guerras criminosas.

***

Miguel Urbano Rodrigues é um jornalista e historiador português. Nascido em Moura, em 1925, passou 20 anos exilado no Brasil entre as décadas de 50 e 70. Colabora com o Blog da Boitempo esporadicamente.

https://blogdaboitempo.com.br/2016/11/09/trump-na-casa-branca/


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz