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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

1.7.16

Relatos de estudantes que foram conduzidxs à delegacia na última quinta-feira, após confusão no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul



O aluno M. M., de 16 anos, que foi conduzido algemado à delegacia após confusão no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul, nesta quinta-feira, fez um relato do ocorrido para a assessoria de comunicação do Sinpro/Caxias:

"Nós decidimos fazer uma reunião após o recreio, para formar uma chapa para o Grêmio Estudantil. Fomos até a sala do Grêmio e os professores nos pediram para pegar autorizações para sair das aulas. Buscamos as autorizações e, quando estávamos voltando, professores e pais nos ameaçaram. Decidimos voltar para as salas de aula para evitar conflitos. Após meia hora, nos chamaram para a sala dos professores. Quando eu cheguei, estavam lá dois policiais, um homem e uma mulher. O homem me pediu para tirar o boné. Eu perguntei o motivo. Ele me agrediu com três tapas e disse que eu tinha que aceitar as ordens dele, que eu não era ninguém. Ele me algemou, tirou o meu boné e me deu pontapés. Então foram chegando os outros alunos e também levaram tapas. Os policiais não deixaram os meus colegas filmarem. Nisso chegaram mais dois policiais com metralhadoras. Um deles bateu com a arma em mim e pediu se eu estava algemado. Mostrei que estava. Disseram que eu ia apanhar, teria que me ver com eles. E que na delegacia não devia dizer que havia apanhado. Eles nos colocaram em forma de 'trenzinho' e nos levaram para a delegacia. O policial disse que eu iria sair algemado para passar vergonha diante dos outros. Fiquei algemado até às 13 horas, quando chegou o advogado. A partir daí eles se acalmaram e mudaram a forma de nos tratar. Eu acho que a Brigada Militar não tem tanta culpa, mas a direção da escola disse para eles coisas sobre nós que não são verdade. A gente só queria fazer uma reunião. Eu nunca imaginei viver isso dentro de uma sala dos professores."

Nas últimas duas semanas, o Sinpro/Caxias estava entrevistando os alunos que protagonizaram as ocupações, para saber qual é o sonho de escola que eles têm. 
O Sinpro/Caxias repudia o ocorrido hoje. 

Para saber mais: 
http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/cidades/noticia/2016/06/alunos-e-professores-do-cristovao-vao-para-a-delegacia-apos-confusao-em-caxias-6279865.html

http://www.leouve.com.br/cidadania/educacao/item/75907-confusao-termina-com-alunos-e-professores-do-cristovao-na-delegacia-em-caxias

http://www.redesul.am.br/noticias/geral/30-06-2016/alunos-e-professores-do-cristovao-se-desentendem-e-vao-parar-na-delegacia

http://www.radiocaxias.com.br/portal/noticias/confusao-entre-estudantes-e-professores-do-cristovao-termina-na-policia-65187

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A aluna V.S., de 16 anos, também fez um relato para a assessoria de comunicação do Sinpro/Caxias. Ela foi conduzida à delegacia após confusão no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul, na quinta-feira. O Sinpro/Caxias ainda recebeu outros testemunhos, todos com diferentes detalhes mas descrevendo o mesmo fato. 

"Quando bateu o sinal do fim do recreio, fomos até a sala do Grêmio para fazer uma reunião com a finalidade de discutir a formação de uma chapa. A vice-diretora pediu que a gente buscasse autorizações para sair da aula. Fomos buscar as autorizações e quando voltamos, pais e professores gritaram conosco. Houve uma discussão. Disseram que iam chamar a patrulha escolar. Voltamos para as nossas salas de aula. Depois, nos chamaram para ir à sala dos professores. Quando o M.M. entrou na sala, um brigadiano pediu que ele tirasse o boné. Ele perguntou o porquê. O policial deu um tapa nele, o relógio do policial quebrou, o boné do M.M. caiu. O policial algemou o M.M., colocou-o no chão e começou a dar chutes nele. Nós tentamos gravar e uma policial veio para o nosso lado. Nisso chegou o C. e pediu o que estava acontecendo. Ele disse que não ia ficar lá e tentou sair. O policial começou a dar tapas no C. A gente teve que sair um atrás do outro até o carro da polícia. Havia quatro carros de polícia. O M.M. foi levado primeiro e o policial falou que ele ia apanhar mais. Foi tudo muito confuso, mas eu acho que tinha seis policiais na sala dos professores, quatro homens e duas mulheres. Nós ficamos apavorados, eles nos assustaram. O que mais me deu medo foi pelos meus amigos. Me disseram que o M.M. ia para a Febem. A minha mãe recebeu a notícia de que eu estava presa. Eu acho que não seria necessário polícia na escola. Achei que, no máximo, íamos assinar uma ata."

Nas últimas duas semanas, o Sinpro/Caxias estava entrevistando os alunos que protagonizaram as ocupações, para saber qual é o sonho de escola que eles têm. 
O Sinpro/Caxias repudia o ocorrido nesta triste quinta-feira (30/06).

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz