O aluno M. M., de 16 anos, que foi conduzido algemado à delegacia após confusão no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul, nesta quinta-feira, fez um relato do ocorrido para a assessoria de comunicação do Sinpro/Caxias:
"Nós decidimos fazer uma reunião após o recreio, para formar uma chapa para o Grêmio Estudantil. Fomos até a sala do Grêmio e os professores nos pediram para pegar autorizações para sair das aulas. Buscamos as autorizações e, quando estávamos voltando, professores e pais nos ameaçaram. Decidimos voltar para as salas de aula para evitar conflitos. Após meia hora, nos chamaram para a sala dos professores. Quando eu cheguei, estavam lá dois policiais, um homem e uma mulher. O homem me pediu para tirar o boné. Eu perguntei o motivo. Ele me agrediu com três tapas e disse que eu tinha que aceitar as ordens dele, que eu não era ninguém. Ele me algemou, tirou o meu boné e me deu pontapés. Então foram chegando os outros alunos e também levaram tapas. Os policiais não deixaram os meus colegas filmarem. Nisso chegaram mais dois policiais com metralhadoras. Um deles bateu com a arma em mim e pediu se eu estava algemado. Mostrei que estava. Disseram que eu ia apanhar, teria que me ver com eles. E que na delegacia não devia dizer que havia apanhado. Eles nos colocaram em forma de 'trenzinho' e nos levaram para a delegacia. O policial disse que eu iria sair algemado para passar vergonha diante dos outros. Fiquei algemado até às 13 horas, quando chegou o advogado. A partir daí eles se acalmaram e mudaram a forma de nos tratar. Eu acho que a Brigada Militar não tem tanta culpa, mas a direção da escola disse para eles coisas sobre nós que não são verdade. A gente só queria fazer uma reunião. Eu nunca imaginei viver isso dentro de uma sala dos professores."
Nas últimas duas semanas, o Sinpro/Caxias estava entrevistando os alunos que protagonizaram as ocupações, para saber qual é o sonho de escola que eles têm.
O Sinpro/Caxias repudia o ocorrido hoje.
Para saber mais:
http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/cidades/noticia/2016/06/alunos-e-professores-do-cristovao-vao-para-a-delegacia-apos-confusao-em-caxias-6279865.html
http://www.leouve.com.br/cidadania/educacao/item/75907-confusao-termina-com-alunos-e-professores-do-cristovao-na-delegacia-em-caxias
http://www.redesul.am.br/noticias/geral/30-06-2016/alunos-e-professores-do-cristovao-se-desentendem-e-vao-parar-na-delegacia
http://www.radiocaxias.com.br/portal/noticias/confusao-entre-estudantes-e-professores-do-cristovao-termina-na-policia-65187
"Nós decidimos fazer uma reunião após o recreio, para formar uma chapa para o Grêmio Estudantil. Fomos até a sala do Grêmio e os professores nos pediram para pegar autorizações para sair das aulas. Buscamos as autorizações e, quando estávamos voltando, professores e pais nos ameaçaram. Decidimos voltar para as salas de aula para evitar conflitos. Após meia hora, nos chamaram para a sala dos professores. Quando eu cheguei, estavam lá dois policiais, um homem e uma mulher. O homem me pediu para tirar o boné. Eu perguntei o motivo. Ele me agrediu com três tapas e disse que eu tinha que aceitar as ordens dele, que eu não era ninguém. Ele me algemou, tirou o meu boné e me deu pontapés. Então foram chegando os outros alunos e também levaram tapas. Os policiais não deixaram os meus colegas filmarem. Nisso chegaram mais dois policiais com metralhadoras. Um deles bateu com a arma em mim e pediu se eu estava algemado. Mostrei que estava. Disseram que eu ia apanhar, teria que me ver com eles. E que na delegacia não devia dizer que havia apanhado. Eles nos colocaram em forma de 'trenzinho' e nos levaram para a delegacia. O policial disse que eu iria sair algemado para passar vergonha diante dos outros. Fiquei algemado até às 13 horas, quando chegou o advogado. A partir daí eles se acalmaram e mudaram a forma de nos tratar. Eu acho que a Brigada Militar não tem tanta culpa, mas a direção da escola disse para eles coisas sobre nós que não são verdade. A gente só queria fazer uma reunião. Eu nunca imaginei viver isso dentro de uma sala dos professores."
Nas últimas duas semanas, o Sinpro/Caxias estava entrevistando os alunos que protagonizaram as ocupações, para saber qual é o sonho de escola que eles têm.
O Sinpro/Caxias repudia o ocorrido hoje.
Para saber mais:
http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/cidades/noticia/2016/06/alunos-e-professores-do-cristovao-vao-para-a-delegacia-apos-confusao-em-caxias-6279865.html
http://www.leouve.com.br/cidadania/educacao/item/75907-confusao-termina-com-alunos-e-professores-do-cristovao-na-delegacia-em-caxias
http://www.redesul.am.br/noticias/geral/30-06-2016/alunos-e-professores-do-cristovao-se-desentendem-e-vao-parar-na-delegacia
http://www.radiocaxias.com.br/portal/noticias/confusao-entre-estudantes-e-professores-do-cristovao-termina-na-policia-65187
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A aluna V.S., de 16 anos, também fez um relato para a assessoria de comunicação do Sinpro/Caxias. Ela foi conduzida à delegacia após confusão no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul, na quinta-feira. O Sinpro/Caxias ainda recebeu outros testemunhos, todos com diferentes detalhes mas descrevendo o mesmo fato.
"Quando bateu o sinal do fim do recreio, fomos até a sala do Grêmio para fazer uma reunião com a finalidade de discutir a formação de uma chapa. A vice-diretora pediu que a gente buscasse autorizações para sair da aula. Fomos buscar as autorizações e quando voltamos, pais e professores gritaram conosco. Houve uma discussão. Disseram que iam chamar a patrulha escolar. Voltamos para as nossas salas de aula. Depois, nos chamaram para ir à sala dos professores. Quando o M.M. entrou na sala, um brigadiano pediu que ele tirasse o boné. Ele perguntou o porquê. O policial deu um tapa nele, o relógio do policial quebrou, o boné do M.M. caiu. O policial algemou o M.M., colocou-o no chão e começou a dar chutes nele. Nós tentamos gravar e uma policial veio para o nosso lado. Nisso chegou o C. e pediu o que estava acontecendo. Ele disse que não ia ficar lá e tentou sair. O policial começou a dar tapas no C. A gente teve que sair um atrás do outro até o carro da polícia. Havia quatro carros de polícia. O M.M. foi levado primeiro e o policial falou que ele ia apanhar mais. Foi tudo muito confuso, mas eu acho que tinha seis policiais na sala dos professores, quatro homens e duas mulheres. Nós ficamos apavorados, eles nos assustaram. O que mais me deu medo foi pelos meus amigos. Me disseram que o M.M. ia para a Febem. A minha mãe recebeu a notícia de que eu estava presa. Eu acho que não seria necessário polícia na escola. Achei que, no máximo, íamos assinar uma ata."
Nas últimas duas semanas, o Sinpro/Caxias estava entrevistando os alunos que protagonizaram as ocupações, para saber qual é o sonho de escola que eles têm.
O Sinpro/Caxias repudia o ocorrido nesta triste quinta-feira (30/06).
"Quando bateu o sinal do fim do recreio, fomos até a sala do Grêmio para fazer uma reunião com a finalidade de discutir a formação de uma chapa. A vice-diretora pediu que a gente buscasse autorizações para sair da aula. Fomos buscar as autorizações e quando voltamos, pais e professores gritaram conosco. Houve uma discussão. Disseram que iam chamar a patrulha escolar. Voltamos para as nossas salas de aula. Depois, nos chamaram para ir à sala dos professores. Quando o M.M. entrou na sala, um brigadiano pediu que ele tirasse o boné. Ele perguntou o porquê. O policial deu um tapa nele, o relógio do policial quebrou, o boné do M.M. caiu. O policial algemou o M.M., colocou-o no chão e começou a dar chutes nele. Nós tentamos gravar e uma policial veio para o nosso lado. Nisso chegou o C. e pediu o que estava acontecendo. Ele disse que não ia ficar lá e tentou sair. O policial começou a dar tapas no C. A gente teve que sair um atrás do outro até o carro da polícia. Havia quatro carros de polícia. O M.M. foi levado primeiro e o policial falou que ele ia apanhar mais. Foi tudo muito confuso, mas eu acho que tinha seis policiais na sala dos professores, quatro homens e duas mulheres. Nós ficamos apavorados, eles nos assustaram. O que mais me deu medo foi pelos meus amigos. Me disseram que o M.M. ia para a Febem. A minha mãe recebeu a notícia de que eu estava presa. Eu acho que não seria necessário polícia na escola. Achei que, no máximo, íamos assinar uma ata."
Nas últimas duas semanas, o Sinpro/Caxias estava entrevistando os alunos que protagonizaram as ocupações, para saber qual é o sonho de escola que eles têm.
O Sinpro/Caxias repudia o ocorrido nesta triste quinta-feira (30/06).
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