21 de Junho de 2012 - 15h01
Governo brasileiro considera que impeachment é golpe de Estado
A presidenta Dilma Rousseff informou, por meio de sua assessoria, que acompanha com "apreensão" a situação política no Paraguai. Presidentes dos países da Unasul (formada por Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela) fazem uma reunião de emergência na tarde desta quinta-feira (21) durante a Rio+20 para discutir a situação política no país.
AFP
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, faz pronunciamento nesta quinta-feira (21) no palácio do governo, em Assunção, sobre o processo de impeachment
Até o momento, o governo brasileiro soube da votação de um impeachment do presidente Fernando Lugo pela Câmara do país. A votação pelo Senado deve ocorrer nesta quinta-feira (21) à tarde.
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O sentimento dentro do governo brasileiro, embora ainda ninguém do entorno da presidente fale em público, é que o "impeachment" de Lugo teria o efeito de um golpe de Estado pela rapidez e forma com que está sendo conduzido. O Brasil deverá reagir condenando tal desfecho.
Unasul
O anúncio da reunião da Unasul foi feito pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que também preside o grupo diplomático. Confirmaram presença, além do próprio Santos, os presidentes do Brasil (Dilma Rousseff), da Bolívia (Evo Morales) e do Equador (Rafael Correa).
"Defendemos os princípios democráticos e esta posição para nós é fixa, concreta e inegociável. É a posição que levaremos a qualquer reunião sobre qualquer situação: defenderemos as democracias, as vontades dos povos soberanos", afirmou Santos antes da reunião.
Não renuncio
Lugo afirmou, nesta quinta-feira (21), em cadeia nacional, que se submeterá ao julgamento político, mas que a vontade pública está sendo alvo de um ataque "de setores que sempre se opuseram à mudança".
O policiamento na capital foi reforçado. No centro de Assunção, as lojas foram fechadas e o policiamento reforçado por temor de confrontos entre apoiadores de Lugo e opositores.
O paraguaio teria ligado para presidentes do bloco e confirmado que não tem intenção de renunciar.
O Golpe
A pressão política sobre Lugo cresceu nas últimas horas com a aprovação, pela Câmara dos Deputados, de um processo de impeachment, sob o argumento de responsabilidade no confronto entre policiais e camponeses que deixou 17 mortos na última sexta-feira (15). O confronto provocou a morte de 11 trabalhadores e 6 agentes policiais.
Na semana que vem (dias 28 e 29) está programada uma reunião dos países integrantes do Mercosul em Mendoza, na Argentina. Por causa dessa ameaça de instabilidade institucional no Paraguai, a presidenta Dilma cogita a possibilidade de antecipar o encontro.
Da Redação do Vermelho,
Com informações de agências
Unasul
O anúncio da reunião da Unasul foi feito pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que também preside o grupo diplomático. Confirmaram presença, além do próprio Santos, os presidentes do Brasil (Dilma Rousseff), da Bolívia (Evo Morales) e do Equador (Rafael Correa).
"Defendemos os princípios democráticos e esta posição para nós é fixa, concreta e inegociável. É a posição que levaremos a qualquer reunião sobre qualquer situação: defenderemos as democracias, as vontades dos povos soberanos", afirmou Santos antes da reunião.
Não renuncio
Lugo afirmou, nesta quinta-feira (21), em cadeia nacional, que se submeterá ao julgamento político, mas que a vontade pública está sendo alvo de um ataque "de setores que sempre se opuseram à mudança".
O policiamento na capital foi reforçado. No centro de Assunção, as lojas foram fechadas e o policiamento reforçado por temor de confrontos entre apoiadores de Lugo e opositores.
O paraguaio teria ligado para presidentes do bloco e confirmado que não tem intenção de renunciar.
O Golpe
A pressão política sobre Lugo cresceu nas últimas horas com a aprovação, pela Câmara dos Deputados, de um processo de impeachment, sob o argumento de responsabilidade no confronto entre policiais e camponeses que deixou 17 mortos na última sexta-feira (15). O confronto provocou a morte de 11 trabalhadores e 6 agentes policiais.
Na semana que vem (dias 28 e 29) está programada uma reunião dos países integrantes do Mercosul em Mendoza, na Argentina. Por causa dessa ameaça de instabilidade institucional no Paraguai, a presidenta Dilma cogita a possibilidade de antecipar o encontro.
Da Redação do Vermelho,
Com informações de agências
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