Publicado em 12/01/2011, 19:20
Última atualização às 19:50
São Paulo – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que nos primeiros dias de ministério foi alvo de críticas em que supostamente estaria adiando a discussão sobre o marco regulatório da comunicação, ao afirmar que trataria do tema com "cautela", voltou a comentar sobre o assunto nesta quarta-feira (12).
O ministro afirmou que a proposta do governo de estabelecer um novo marco regulatório para o setor de comunicação no país prevê a proibição da propriedade cruzada, ou seja, que uma mesma empresa detenha diferentes veículos de comunicação, como rádio, TV e jornal
. "Eu acho que isso é certo. Temos que dar prazo para  a adaptação das empresas, mas, em nome da desconcentração do mercado, isso é  salutar", disse, em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil.
Bernardo  admite que essa discussão poderá causar divergências no Congresso Nacional, mas  ele propõe que as novas regras sejam levadas a consulta pública depois de passar  pelo Ministério das Comunicações, Casa Civil e Presidência das  República.
"A melhor maneira de fazer isso é discutir da forma mais  transparente possível. Mas não podemos fazer nenhuma lei que retroaja. Vamos ter  que estabelecer uma forma e um prazo para resolver esse problema",  ponderou.
Segundo ele, o governo pode estudar a criação de uma agência  reguladora específica para controlar o setor de mídia, mas o ministro garantiu  que não haverá controle do conteúdo. "Ninguém quer fiscalizar a priori o que vai  ser veiculado. Mas se alguém fizer apologia ao racismo, por exemplo, deve ter  uma providência relativa a isso".
Banda Larga
 Bernando afirmou também que a internet de alta  velocidade deve estar disponível para a grande maioria da população em, no  máximo, quatro anos. Segundo o ministro,  o governo federal deverá definir,  nos próximos cinco meses, os detalhes do Plano Nacional de Banda Larga, que  estabelece as diretrizes para a massificação do acesso à banda larga no  país.
"Vamos começar este ano a oferta de serviços em condições mais  adequadas, tanto do ponto de vista técnico como de preço", disse o  ministro.
Segundo ele, será preciso um grande esforço conjunto dos  governos estaduais e federal e da iniciativa privada para baratear o preço do  serviço. "Nos últimos anos, a compra de computadores no Brasil foi facilitada,  mas acesso à internet ainda é caro e muito restrito", avaliou.
Paulo  Bernardo anunciou que determinou à nova diretoria dos Correios que prepare uma  nova licitação para o serviço de Banco Postal, cujos atuais contratos terminam  em novembro. Em relação aos contratos com as 1,4 mil agências franqueadas, que  venceram e foram prorrogados até junho, ele disse que o governo pode retomar os  serviços concedidos caso a licitação de novos contratos fracasse. "As franquias  são uma coisa boa, e devem continuar. Mas, se a licitação não der certo, não  vamos ficar prorrogando, vamos tomar conta do serviço".
O ministro disse  ainda que o governo poderá buscar alternativas para baratear ou acabar com a  assinatura básica da telefonia fixa. Segundo ele, os valores cobrados atualmente  são altos, mas a assinatura básica está prevista em contrato e qualquer  alteração deve ser negociada com as operadoras.
Com informações da Agência Brasil
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