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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

28.1.11

"O holocausto não é nem nunca será só um momento histórico"

Quinta-feira, 27 de janeiro de 2011 às 22:08

Após cumprir agenda no Rio de Janeiro, a presidenta Dilma Rousseff foi a Porto Alegre (RS) participar da cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Na ocasião, a presidenta homenageou o povo judeu que, segundo ela, soube manter viva a integridade, por meio de uma resistência cultural e religiosa vibrante e insubordinável.

“O holocausto não é nem nunca será só um momento histórico. O holocausto abre no mundo uma determinada prática de trato do opositor político, que consiste em calá-lo, mas não apenas silenciá-lo, trata-se silenciá-lo através de sua redução a sub-humanidade, através da tortura, da dor e da morte lenta (…). Não se confunda o dever da memória com a passividade da simples lembrança. A memória expressa a firme determinação de impedir que a intolerância e a injustiça se banalizem no caminho da humanidade”, disse.

A presidenta Dilma lembrou que o povo brasileiro, endossado pela Constituição Federal e as legislações a ela associadas, rejeita qualquer tipo de discriminação e de preconceito e celebra a primazia dos Direitos Humanos sobre quaisquer outros direitos. A presidenta foi clara ao reafirmar o compromisso de seu governo como um incansável defensor desse valores de igualdade, dignidade humana e respeito aos direitos humanos.

Ouça abaixo a íntegra do pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff.

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http://blog.planalto.gov.br/%e2%80%9co-holocausto-nao-e-nem-nunca-sera-so-um-momento-historico/

Em seu discurso, a presidenta lembrou as seis milhões de vítimas do holocausto e declarou que não é mais possível que o mundo aceite o ódio, a xenofobia e a intolerância. Segundo ela, o Brasil é exemplo pela diversidade de seu povo e a convivência pacífica e harmônica no território nacional.

A presidenta lembrou que desde 1948 o país defende junto à ONU a paz no Oriente Médio e reafirmou que o Brasil continuará pensando na paz e negociando pela paz e pelos direitos humanos, guias de seu governo.

“Nós não somos um povo que odeia, que respeita o ódio. Eu tenho a honra de dar continuidade a um governo que lutou nos últimos oito anos pela afirmação da paz, em especial no Oriente Médio (…). Nós acreditamos que é nosso dever não compactuar com nenhuma forma de violação dos direitos humanos em qualquer país, inclusive o nosso”, disse.

Memória - O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi instituído há seis anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas para marcar o dia em que tropas soviéticas libertaram o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, em 1945.

A ONU, em resolução apoiada pelo Brasil, pede aos países membros que elaborem programas de educação sobre o Holocausto e “condena sem reservas todas as manifestações de intolerância religiosa, de incentivo ao ódio, de perseguição ou de violência contra pessoas ou comunidades por causas étnicas ou religiosas e rejeita qualquer negação do Holocausto como fato histórico”.

Neste sentido, o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil e a Federação Israelita do estado do Rio de Janeiro realizaram ontem (26/1), no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro, uma sessão solene alusiva à data. Na ocasião, foi exibida a mostra DES-HUMANIZE-SE, que aborda o processo de desumanização pelo qual passaram as vítimas do Holocausto, exposição organizada pela instituição cultural judaica Hillel.

http://blog.planalto.gov.br/%e2%80%9co-holocausto-nao-e-nem-nunca-sera-so-um-momento-historico/

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz