O Brasil espera que a volta do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, a Tegucigalpa venha a representrar um novo estágio nas negociações com o governo interino do país, disse o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, nesta segunda-feira. Ele conversou com repórteres, na tarde desta segunda-feira, confirmou que Zelaya está refugiado na embaixada brasileira em Tegucigalpa com a primeira-dama hondurenha. Amorim confirmou sua conversa, diretamente com Zelaya, por telefone.
Uma funcionária da embaixada brasileira em Tegucigalpa também confirmou aos jornalistas que Zelaya chegou à embaixada pela manhã, acompanhado por integrantes da comitiva que o tem cercado desde que militares o detiveram e o obrigaram a deixar o país. Segundo a mesma funcionária, manifestantes pró-Zelaya estão reunidos diante da embaixada, sem qualquer registro de tumultos até o início da noite (horário de Brasília).
Amorim disse ainda que a ida de Zelaya não foi negociada e a mulher dele, Xiomara Castro de Zelaya, quem solicitou o abrigo em solo brasileiro. Segundo Amorim, o presidente hondurenho chegou à embaixada por meios próprios, pelas montanhas, até o Centro da capital do país. Subsecretário para América Latina do Itamaraty, Ênio Cordeiro autorizou a entrada na embaixada. O chanceler brasileiro espera que a Organização dos Estados Americanos (OEA) dê apoio à atitude do Brasil e não teme pela segurança da embaixada brasileira em Tegucigalpa.
Em entrevista à rede de TV Telesur, logo após se instalar na sede da Embaixada do Brasil, Zelaya agradeceu o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo abrigo e afirmou que o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, chegará à capital do país nesta terça-feira, para tentar mediar uma solução para o impasse político no país. De acordo com a agência inglesa de comunicação BBC, assessores de Zelaya afirmaram que a volta do presidente deposto teria sido realizada com a ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU).
No início da noite, o governo interino de Honduras admitiu a presença de Zelaya no país, mas não adiantou quais as suas próximas ações.
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