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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

9.7.14

O retorno do CPERS/Sindicato ao campo popular (por Antônio Lima e Helenir Oliveira) « Sul 21

9/jul/2014, 8h53min

O retorno do CPERS/Sindicato ao campo popular (por Antônio Lima e Helenir Oliveira)


Em eleição histórica, maior sindicato do Rio Grande do Sul escolhe nova direção para o triênio 2014-2017 

Agora é oficial. No dia 1º de Agosto de 2014 tomará posse a nova direção eleita do Centro dos Professores (e Funcionários) do Estado do Rio Grande do Sul (o Cpers/Sindicato). Sendo o Cpers o maior sindicato gaúcho, já foi considerado o 2º sindicato em educação mais representativo da América Latina; tem hoje uma base de 81.500 associados (em um quadro de 78 mil professores na ativa) e acompanha 2.574 escolas estaduais, onde se encontram mais de 1 milhão de estudantes, sendo quase 400 mil apenas do Ensino Médio. É, portanto, um sindicato fundamental não apenas para a luta nacional pela Educação, mas também para o conjunto das lutas da classe trabalhadora brasileira.

O campo vitorioso nesta eleição foi constituído por uma aliança histórica na categoria, unificando um amplo conjunto de educadores descontentes com a linha de isolamento político e afastamento (prático e simbólico) da base adotada pelas últimas gestões do Cpers (hegemonizadas pela Conlutas) e sua conseqüente dificuldade em buscar conquistas mínimas para a categoria e, tampouco, fazer os debates mais profundos que a Educação exige. Por conta disso, mais de 5 mil sócios desfiliaram-se do Cpers nos últimos anos e realizaram-se, recentemente, as greves mais frágeis e esvaziadas da história do sindicato.

Buscando reverter este quadro, unificaram-se neste campo de oposição, o Cpers Unido e Forte, um conjunto de professores ligados a movimentos sociais e que constroem o campo dos Educadores do Projeto Popular, com professores comunistas, trabalhistas, socialistas, além de todas as correntes petistas e um conjunto de professores independentes, algo inédito na história do Cpers/Sindicato. Além disso, uniram-se também outras 3 centrais sindicais (CUT, CTB e CGTB), visando retirar o Cpers do isolamento colocado nos últimos anos. O ponto de unidade entre todas estas posições políticas foi justamente o programa deste campo, construído no intuito de se retomar: o trabalho de base e a participação massiva da categoria na definição dos rumos do sindicato; as negociações propriamente sindicais (para retomar as conquistas materiais necessárias à categoria e abandonadas nos últimos anos); a defesa da Reforma Política através de uma Constituinte Exclusiva e Soberana (pauta negada pela atual direção); bem como retomar os debates de fundo sobre a Educação (prática histórica do Cpers/Sindicato, também abandonada no último período).

Outros aspecto histórico em jogo nesta eleição era a proposta de desfiliação do Cpers da Central Única dos Trabalhadores, defendida pela direção derrotada. Tal visão não apenas levaria o Cpers a um isolamento no âmbito do RS, como a um isolamento ainda maior em nível nacional, uma vez que a entidade nacional dos trabalhadores em educação, a CNTE (onde encontram-se filiadas 27 entidades estaduais), também é filiada a Central Única dos Trabalhadores. Felizmente, a categoria percebeu que este debate era um desvio de suas pautas realmente significativas, e optou por um caminho de unidade com o conjunto da classe trabalhadora.

Esta vitória do Cpers Unido e Forte nos dá, portanto, uma enorme responsabilidade no reposicionamento e na reconstrução deste sindicato, mas ao mesmo tempo, muita convicção de que a disposição de luta da categoria volta a se manifestar. Afinal, já nesta eleição, conseguimos, com a ampliação do número de votantes, iniciar a reversão de uma série histórica de quedas contínuas no número de sócios votantes nas eleições do Cpers.

A bem da verdade, ainda estamos em eleições, pois até o dia 28 de Julho ainda estaremos em campanha, agora para a eleição do Conselho Geral do Cpers. Mas temos ciência absoluta de que, por mais suada que tenha sido esta vitória para a direção estadual (dada a luta contra a máquina encastelada nas estruturas do sindicato) – e que o mesmo será para a eleição do Conselho Geral -, nossa maior tarefa coletiva se iniciará após o 1º de Agosto. Qual seja, iniciar a reconstrução deste outrora grande sindicato, trazendo novamente sua base ao protagonismo, recolocando-o no caminho das grandes lutas e conquistas e reaproximando-o das lutas mais amplas e generosas do povo brasileiro. Esta é a nossa grande missão. Mas como nos ensinou um velho comandante: “toda grande marcha se inicia com um pequeno passo”. Apenas iniciamos esta grande jornada. Mas venceremos. Porque nós somos o Cpers Unido e Forte.

.oOo.

Antônio Lima e Helenir Oliveira são, respectivamente, Diretor e Presidenta eleitos para o triênio 2014-2017 no Cpers/Sindicato

http://www.sul21.com.br/jornal/o-retorno-do-cperssindicato-ao-campo-popular-or-antonio-lima-e-helenir-oliveira/

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz