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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

16.6.14

As ofensas do camarote vip a Dilma podem definir a eleição. A favor dela

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O editor da Folha, que se deleitou com a grosseria, já entendeu que aquilo foi um desastre. Tanto que não voltou ao assunto, jogou para debaixo do tapete.

Não pela vergonha do que foi feito – com o aplauso entusiástico do editor da Folha – mas porque o efeito eleitoral vai ser o contrário daquele que a Folha almeja.

A Folha queria dar a entender que as ofensas:

1 – exprimem a queda de popularidade da presidente, o que vai, oba!, se refletir no voto de outubro.

2 – aconteceram por culpa da própria Dilma, que ousou cumprir o papel de anfitriã da festa e compareceu ao Itaquerão, sabendo, como dizia Nelson Rodrigues, que brasileiro vaia até minuto de silêncio.

Mas aquilo não foi vaia, foi barbárie. O repúdio foi tão grande que o editor da Folha já está avaliando se valeu mesmo a pena vaiar e ofender.

As ofensas nasceram no camarote do Itaú. A colunista social do Estadão puxou o coro grotesco e deselegante. A grosseria foi vip. Gente que, no fundo, tem desprezo pelo futebol como tem desprezo pelos pobres, pelos negros e pelos nordestinos. Gente que estava ali apenas para se mostrar.

A ofensa vip externa um ódio de quem já tem ódio. Não acrescenta um voto. Pode, ao contrário, definir o quadro eleitoral numa moldura de guerra de classes, os ricos vaiando, com suas ofensas vip, e os pobres, perplexos, elegantes em sua solidariedade a uma mulher que, querendo-se ou não, como chefe de Estado merece respeito.

 

Dilma lembrou a tortura e disse que já passou por coisas piores. O camarote vip que ofendeu Dilma teria aplaudido a tortura – se é que não teve gente ali que, à época, de fato apoiou (os jornalões dos clãs oligárquicos, não custa lembrar, eram a favor da ditadura).

Prevalecendo esse Fla-Flu social, Dilma vence. O camarote do Itaú não ganha eleição. A colunista social do Estadão não ganha eleição. O editor da Folha e aqueles seus colunistas da era Cro-Magnoli, com sangue nos olhos e baba na boca, não ganham eleição.


http://noticias.r7.com/blogs/nirlando-beirao/2014/06/16/as-ofensas-do-camarote-vip-a-dilma-podem-definir-a-eleicao-a-favor-dela/


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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz