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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

11.4.17

Moro diz que dinheiro na Suíça "não faz mal a ninguém", enquanto caixa 2 é golpe na democracia

Video mostra Moro incomodado com questões sobre Aécio, vazamentos e abusos

 
Jornal GGN - "Como a Lava Jato consegue descobrir o maior esquema de corrupção do Brasil, mas não consegue controlar os vazamentos?"
 
Não foi "um equívoco" quebrar o sigilo do blogueiro Eduardo Guimarães, com a desculpa de que ele não é jornalista?
 
O senhor não se arrepende de tirar foto sorrindo ao lado de Aécio Neves (PSDB), dando "munição" àqueles que alegam que a Lava Jato é parcial e usada como instrumento político? O senhor não vê conflito ético nesse episódio?
 
O que acha da proposta de Rodrigo Janot para criminalizar a famosa carteirada (uso de cargo público para obter vantagem pessoal) e abuso de imprensa (exploração de meios de comunicação, por autoridades que atuam em investigações e julgamentos, para divulgar casos e antecipar juízo de culpa sobre o acusado/investigado)?
 
As perguntas que o jornalista Ricardo Senra, correspondendo da BBC Brasil em Washington, fez em um encontro exclusivo com Sergio Moro, durante a passagem do juiz símbolo da Lava Jato pela Harvard Business School, em Cambridge, deixou o magistrado visivelmente desconfortável. 
 
O vídeo, publicado nesta segunda (10) pela BBC Brasil, mostra Moro incomodado com as perguntas espinhosas que foram pipocando ao longo do bate-papo, a ponto de pedir que pedir para que a entrevista fosse encerrada antes do previsto.
 
 
O desconforto de Moro começou quando o jornalista pergunta se ele não acha um "conflito ético" ter tirado fotos ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, quando ambos são citados em delações da Lava Jato.
 
Moro respondeu, sorrindo, que não, pois o senador tem foro privilegiado e não tem qualquer possibilidade de ser julgado na primeira instância. Tampouco teriam, ali naquele evento com Temer, discutido qualquer caso que envolvesse a Lava Jato.
 
Depois dessa rodada, Moro foi questionado sobre a proposta da Procuradoria Geral da União para o projeto de lei contra abuso de autoridade. Apesar de ter participado de vários encontros promovidos no Congresso para debater o tema, Moro limitou-se a responder que não estava "suficientemente informado" sobre a proposta para emitir opinião.
 
Foi aí, por volta dos 6 minutos de vídeo, que ele olhou o relógio e disparou: "Vamos fazer o seguinte, viu? Mais uma pergunta e a gente encerra."
 
Durante a entrevista, Moro também negou que a Lava Jato tenha caráter parcial; disse que alguns dos vazamentos criticados, na verdade, não foram vazamentos porque eram informações relacionadas a processos que deveriam ser de conhecimento público (caso de Lula) e negou-se a responder sobre a repercussão negativa da condução coercitiva de Eduardo Guimarães, pois trata-se de investigação pendente.
 
A entrevista completa está disponível aqui.




Moro diz que dinheiro na Suíça "não faz mal a ninguém", enquanto caixa 2 é golpe na democracia

Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
 
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Jornal GGN - Em passagem pela Universidade de Havard, no final da semana passada, o juiz Sergio Moro classificou o crime de caixa 2 como pior que o enriquecimento ilícito. Ele sugeriu que os dois são crimes terríveis, mas que usar propina em campanha eleitoral é um "crime contra a democracia", enquanto colocar a propina numa conta na Suíça, por exemplo, "não está mais fazendo mal a ninguém naquele momento". 
 
"Temos que falar a verdade, a Caixa 2 nas eleições é trapaça, é um crime contra a democracia. Me causa espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção entre a corrupção para fins de enriquecimento ilícito e a corrupção para fins de financiamento ilícito de campanha eleitoral. Para mim a corrupção para financiamento de campanha é pior que para o enriquecimento ilícito. Se eu peguei essa propina e coloquei em uma conta na suíça, isso é um crime, mas esse dinheiro está lá, não está mais fazendo mal a ninguém naquele momento. Agora, se eu utilizo para ganhar uma eleição, para trapacear uma eleição, isso para mim é terrível. Eu não estou me referindo a nenhuma campanha eleitoral específica, estou falando em geral.
 
O Congresso, há meses, vem dando sinais de que pretende aprovar uma anistia ao caixa 2, separando o "joio do trigo". O discurso, defendido principalmente por tucanos, é no sentido de não colocar no mesmo balaio quem enriqueceu com propina e quem usou os recursos em campanhas eleitorais, amenizando a pena para esse último grupo.
 
Moro, segundo O Globo, "defendeu o projeto elaborado pelo Ministério Público Federal por acreditar que a atual tipificação do Caixa 2, que trata do caso de forma semelhante à falsificação, como inadequada."
 
O juiz, que discursou duas horas após a ex-presidente Dilma Rousseff, não quis comentar a frase do ex-presidente Lula, que afirmou, na semana passada, estar "ansioso" para encontrar o magistrado em Curitiba. Lula prestará depoimento no caso triplex no dia 3 de maio.



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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz