03/10/2012
Guerra sob suspeita de usar material de 2008
PP entrou com representação contra tucano candidato à reeleiçãoFoto: André Susin
O Partido Progressista (PP) de Caxias do Sul protocolou nesta terça-feira (2), na Justiça Eleitoral, representação contra o vereador Daniel Guerra (PSDB), candidato à reeleição. O motivo é uso da sigla progressista nos materiais de campanha do tucano. O processo pede o recolhimento de faixas, banners, adesivos, bandeiras ou qualquer outro material de propaganda política.
No entanto, Guerra pode sofrer penalidades mais duras, pois há suspeita de que o material é da campanha passada. Em 2008, PP e PSDB coligaram na proporcional. A Folha de Caxias recebeu provas entregues à Justiça, como fotos que mostram faixas, em que não há referência à coligação ou ao candidato a prefeito, por exemplo. Em outros materiais, o CNPJ é falso. O e-mail anônimo também cita o uso da logomarca da Câmara de Vereadores no site do candidato.
A reportagem fotografou a faixa de Guerra afixada na Rua Matteo Gianella, em frente ao colégio Santa Catarina, e confirmou que a coligação e um nome, provavelmente do candidato a prefeito de 2008 José Ivo Sartori, foram omitidos com uma tarja preta. Conforme o advogado do PP, João Henrique Leoni Ramos, o uso indevido do partido no material de Guerra está confundindo os eleitores. “Um filiado nos ligou perguntando por que o PP estava nas faixas dele. Nosso pedido é para que seja recolhido”, explicou Ramos.
O chefe da 169ª Zona Eleitoral, Edson Borowski, ainda não tinha lido a representação no início da noite de ontem, mas viu as fotos e acredita se tratar de uso irregular: “É evidente (pelas imagens) que usou material da campanha passada”.
Por telefone, na noite desta terça-feira (2), Guerra, que ainda não tinha sido notificado, disse estar surpreso. Ele garantiu que todo o material respeita a legislação eleitoral. Ele levantou a possibilidade de outras pessoas estarem usando material de 2008.
“Não tenho como controlar algum eventual simpatizante que esteja usando material da campanha passada. Não sei de que material se trata, por isso, não posso dizer se vi ou não”, defendeu-se o candidato, que tem 48 horas, depois de ser notificado, para apresentar defesa à Justiça Eleitoral.
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