quinta-feira, 30 de junho de 2011
Por Altamiro Borges
Em reunião nesta quarta-feira (29), os “nobres” deputados que integram o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal votaram pela não abertura de um processo disciplinar contra Jair Bolsonaro (PP-RJ). Por 10 votos a sete, a representação foi arquivada e o processo, encerrado. O deputado poderá continuar destilando seu ódio e preconceito com total impunidade!
Movido pelo PSOL, o processo se baseava em três denúncias contra Bolsonaro. Ofensa à senadora Marinor Brito, em 12 de maio, durante debate sobre o projeto de lei 122, que criminaliza a homofobia; distribuição de panfleto com informações “difamatórias e injuriantes” sobre o kit anti-homofobia; e ataques racistas à cantora Preta Gil, feitas no programa CQC, da TV Bandeirantes.
Filho da fascista, fascistinha é
Para Sérgio Brito (PSC-BA), relator do caso, Bolsonaro violou o código de ética da casa. “O abuso da prerrogativa da imunidade parlamentar constitui ato incompatível com o decoro parlamentar”. Já Jean Wyllys (PSOL-RJ) fustigou. “Sou homossexual com h maiúsculo de homem, mais homem que o senhor que fugiu da acusação de racismo porque racismo é crime e se refugiou na homofobia”.
Apesar dos argumentos favoráveis à condenação, a maioria do Conselho de Ética e Decoro preferiu inocentar Bolsonaro sob a desculpa do direito “à liberdade de expressão”. Logo na sequência, o seu filho, Carlos Bolsonaro, que é vereador no Rio Janeiro, comemorou a absolvição do pai destilando os piores preconceitos. “Chuuuuupa Viadada”, disparou em seu twitter.
Quando das agressões racistas à cantora Preta Gil, o deputado afirmou que o seu filho não se apaixonaria por uma negra “porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram num ambiente como lamentavelmente é o teu”. De educação familiar, Jair Bolsonaro parece que entende. Filho de fascista, fascistinha é.
Miro
http://altamiroborges.blogspot.com/2011/06/filho-de-bolsonaro-e-pior-do-que-o-pai.html?spref=tw
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