Evo consolida o socialismo no país
O presidente da Bolívia, Evo Morales, conquistou neste domingo uma histórica reeleição, de acordo com pesquisas de boca-de-urna, o que lhe permitiria governar por outros cinco anos para consolidar sua "revolução" e aprofundar o controle do Estado sobre a economia do país. O governante de esquerda, cuja chegada ao poder há quatro anos pôs fim a um ciclo de governos neoliberais instáveis no país, renovou seu mandato com ao menos 61% dos votos válidos, de acordo com projeções de redes de tevê privadas que confirmaram pesquisas realizadas antes da votação.
Em La Paz, centenas de seguidores do presidente tomaram as ruas aos gritos de "Evo, Evo, Evo" antes mesmo da divulgação das projeções dos meios de comunicação, que geralmente acertaram os resultados de eleições passadas. Não houve qualquer reação imediata do líder indígena e ex-cocaleiro nem de seu principal adversário, o ex-militar Manfred Reyes Villa, que vinha demonstrando confiança em conseguir ao menos o direito de enfrentar Morales num segundo turno.
As eleições, em que mais de 5 milhões de bolivianos escolheram também o vice-presidente e outros representantes, acontecem dentro da nova Constituição plurinacional e socialista aprovada no começo deste ano.
– Hoje é um dia histórico, um dia de singular importância... É inédito para os bolivianos, porque é a primeira vez que participamos de uma eleição com base em uma nova Constituição política aprovada pelo voto popular – afirmou Evo, ao votar no povoado Villa 14 de Septiembre, no departamento central de Cochabamba,
Primeiro presidente indígena da Bolívia, Evo nacionalizou setores importantes da economia em seu primeiro mandato, como os setores de hidrocarbonetos, energia e mineração, o que gerou uma avalanche de renda para os cofres públicos que usou para reforçar programas sociais.
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