Aviões de combate cortam o espaço palestino
Silvando como cascavéis zangadas...
Lançam suas mortíferas bombas sobre um povo indefeso.
Transformam casas em escombros, revolvem o solo, jorra o sangue...
Velhos estraçalhados, mulheres em desespero, feridos, mortos,
Crianças dilaceradas entre lancinantes gritos de dor...
O dragão sionista ruge e vomita fogo sobre suas vítimas..
Por acaso, Israel, não te lembras das dores sofridas;
Das mortes nos campos de Auschwitz, de Treblinka e Dachau?
Esqueceste, oh! Israel, do Gueto de Varsóvia,
Em que agora transformas a Faixa de Gaza?
Iguala-te aos nazistas, teus verdugos de outrora,
Causando a mesma dor sobre outro povo, de quem roubaste a terra...
Teu Deus, Israel, continua tão feroz quanto nos tempos bíblicos
Do velho testamento, em que, como nuvem ou fogo, conduzia o exército
Matando até os que ainda “mijam no muro”...
Como pretendes o respeito das nações, Israel, se ages como fera?
Não te fies num deus carrancudo e cruel;
Os dias são outros, Israel, e podes pagar caro
Por tua monstruosidade.
Enquanto a gargalhada sinistra das metralhadoras
Rasgam carnes inocentes, Bush e Shimon Peres vivem
O orgasmo indecente desse holocausto e se excitam
Cada vez mais, imitando e até superando Hitler.
Outros Pablo Picassos registrarão em telas
O horror dessa nova Guernica...
São Paulo, 5 de janeiro de 2009
Alcindo Tenório Pereira
(Diretor de Formação Sindical do Sindicato dos Advogados de São Paulo)
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