A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país caiu de maneira acentuada em dezembro do ano passado, marcando novo patamar recorde de baixa, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação das principais regiões metropolitanas do país caiu para 6,8% em dezembro, o menor patamar da série histórica iniciada em março de 2002.
Em novembro, a taxa havia sido de 7,6%. O recorde de baixa anterior havia sido registrado em dezembro de 2007, quando a taxa recuou para 7,4%. A queda foi mais acentuada do que o estimado por analistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters, que esperavam uma taxa de desocupação de 7,2% em dezembro, de acordo com a mediana de 19 estimativas.
O cenário revelado pelos dados do IBGE é bem melhor do que os números apresentados no início da semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que mostrou na segunda-feira o fechamento de 654.946 postos de trabalho com carteira assinada no último mês do ano passado. É preciso lembrar, porém, que as metodologias de cálculo dos dois índices são diferentes.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mede apenas os trabalhadores com carteira assinada, ao receber as informações das empresas sobre trabalhadores demitidos e contratados. Enquanto isso, o IBGE apura emprego formal e informal e pesquisa também as pessoas que embora desempregadas não estão procurado trabalho.
Outra diferença é que o Caged mede os dados do país todo, enquanto o IBGE concentra-se nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. Em 2008, como um todo, a taxa média de desemprego ficou em 7,9%, ante 9,3% em 2007.
A pesquisa mostra ainda que o rendimento médio dos trabalhadores, de R$ 1.284,90, aumentou 0,5% quando comparada ao mês de novembro e 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em dezembro, os setores que mais contrataram, na comparação com o mesmo mês de 2007, foram educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (7,3%); serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (7,3%); e construção (6,5%).
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