Na obsessão por Lula, turma de Curitiba não tem limites
Ao Nocaute, Eric Nepomuceno argumenta: para tudo tem limite, menos para aqueles que estão obstinados em encontrar qualquer motivo para acusar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para quem resiste, fica a indignação
Por Eric Nepomuceno em 17 de maio às 12h47Por Eric Nepomuceno*
Eu tenho um amigo muito querido que diz que para tudo nesta vida existe limite: até para saque em caixa eletrônico. Eu acho que esta turma de Curitiba, estes jovens procuradores messiânicos fanáticos, esse pessoal da Polícia Federal não usa caixa eletrônico porque eles desconhecem limite. Para eles, nada tem limite.
Por exemplo, agora, a Operação Zelotes resolveu incriminar Lula, claro, e o ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gilberto Carvalho. Do que eles são acusados? Da venda de uma Medida Provisória que beneficiava a instalação de montadoras e fabricantes de automóveis em alguns estados do Brasil.
Caramba! É sem fim. Esse negócio é sem fim. Quer dizer, é um massacre impiedoso. Que prova eles têm? Qual é a prova que a Polícia Federal conseguiu apurar? Nenhuma. Nenhuma. Deduções. Um lobista tinha uma anotação de uma reunião dele com Gilberto Carvalho, que não aconteceu. Aliás, não aconteceu.
Eu acho que a gente… chega uma hora que cansa. Eu estou cansado, e não há o que fazer. Eu estou cansado e não há o que fazer: é sem limites. Este inferno não vai acabar nunca. Esta obsessão não vai acabar nunca.
Quem assistiu à manipulação que o Sérgio Moro fez quando interrogava o ex-presidente Lula da Silva, quem viu a petulância, a impertinência de um fedelho procurador da República. Procurador do quê? Devia procurar a turma dele. Chamando o Lula de "senhor Luiz Inácio".
Cansa, cansa, e não há nada que se possa fazer, a não ser guardar na memória e mostrar indignação. Indignação, sobretudo, com as instâncias mais altas da Justiça deste país, que assistem a isto com a maior passividade bovina e cúmplice. Eu não aguento mais esse negócio.
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