CAPA
Dilma desmente 'IstoÉ' e vai à Justiça contra revista
São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff, por meio de sua assessoria de imprensa, postou hoje (4) no Facebook esclarecimento sobre denúncia da revista IstoÉ, afirmando que ela teria pedido R$ 12 milhões ao empresário Marcelo Odebrecht para sua campanha eleitoral em 2014, e garante que as informações veiculadas são infundadas e mentirosas. Ela anunciou que tomará as medidas judiciais cabíveis para reparar os "danos provocados pelas infâmias lançadas contra si".
Segundo o post, a base desta calúnia seria a suposta delação feita pelo empresário ao Ministério Público Federal. "Mais uma vez são veiculadas informações de maneira seletiva, arbitrária e sem amparo factual."
"A Presidenta da República Dilma Rousseff reitera: JAMAIS intercedeu pessoalmente junto a qualquer pessoa ou empresário buscando benefícios financeiros para si ou para qualquer pessoa", diz o texto, acrescentando: "A ofensiva de setores da mídia com o objetivo de atacar a honra pessoal da Presidenta Dilma Rousseff não irá prosperar. Está fundada numa calúnia. Cabe aos acusadores provarem as várias denúncias, vazadas de maneira seletiva, covardemente trazidas por veículos da imprensa que não têm compromisso com a VERDADE".
Em outro trecho, a assessoria informa que Dilma se mantém firme porque sabe que não há nada que possa incriminá-la. "Sua trajetória política mostra seu sincero compromisso com as práticas republicanas, o combate à corrupção e a defesa da democracia brasileira."
Edinho Silva
O ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Edinho Silva divulgou na noite de ontem (3) nota na qual questiona denúncia a matéria de capa da revista IstoÉ. Segundo ele, a matéria, totalmente editorializada, demonstra um "primarismo chocante" na apuração dos fatos e peca pelo princípio básico de não ouvir o outro lado. "Portanto, de nada tem de jornalístico. Tomarei as medidas jurídicas cabíveis contra a publicação", diz
Edinho Silva afirma que o único objetivo da edição é atacar a presidenta Dilma. "Querem, com isso, impedir a presidenta de voltar ao cargo para o qual foi legitimamente eleita". Segundo ele, o texto da revista serviria perfeitamente a um panfleto produzido por um partido de oposição ao mandato da presidenta.
Leia a nota na íntegra
"Quanto à minha conduta como coordenador financeiro da campanha de 2014, o diálogo descrito pela matéria, relatado em uma suposta delação premiada, nunca existiu. É mentira. Estive com o empresário Marcelo Odebrecht cumprindo a minha função de coordenador financeiro da campanha, arrecadando recursos, como fizeram outros que cumpriram a mesma função. Da mesma forma, estive com dezenas de outros empresários brasileiros, que podem testemunhar sobre a minha conduta ética e legal. Jamais pedi e nem aceitei recursos que não fossem doados legalmente.
Jamais tratei de pagamentos de fornecedores da campanha Dilma com doadores. O contrato de comunicação da campanha com o publicitário João Santana totalizou R$ 70 milhões - e todos os pagamentos foram feitos legalmente, por meio de transferência bancária, após faturamento. Eu jamais estive com o empresário Marcelo Odebrecht tratando de doações para o PMDB.
Nenhuma dessas mentirias sobreviveriam a uma primeira apuração jornalista séria, em que, para cada acusação, se exigiria o mínimo de materialidade. As mentiras também não sobreviverão, se for o caso, a uma apuração criteriosa das autoridades.
O grupo Odebrecht foi um importante doador da campanha Dilma, da mesma forma como o foi da principal campanha adversária. Mais uma vez, buscam de todas as formas criminalizar as doações da campanha Dilma, procurando criar desgaste político, e no atual momento, condições para se viabilizar o impeachment."
Instituto Lula responde a 'prontuário de mentiras' da Veja
Do Instituto Lula:
Cinco jornalistas assinam texto de capa da revista Veja dessa semana, que recicla pseudo-acusações mentirosas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Três assinam a matéria, mais dois nomes aparecem no pé, como repórteres. Os cinco jornalistas têm histórico de mentiras publicadas contra Lula. Quatro deles estão sendo processados pelo ex-presidente, por terem publicado notícias falsas que atingem a reputação do ex-presidente. O quinto adotou condutas ilegais contra familiares de Lula, registradas em boletim de ocorrência policial.
Robson Bonin, um dos que assinam a matéria, inventou em março deste ano que o ex-presidente teria procurado o embaixador italiano para obter asilo político. A matéria era uma ficção absurda, desmentida pelos fatos e pela Embaixada Italiana (http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2016/03/25/embaixada-desmente-veja-sobre-asilo-a-lula-na-italia.htm), e errou até na fotografia do embaixador: total descompromisso com a verdade e com o bom jornalismo.
O ex-presidente apresentou queixa-crime contra Bonin e Daniel Pereira, outro que assina o texto dessa semana, em julho de 2015, por se utilizarem desde aquela época de uma inexistente delação premiada de Léo Pinheiro para atacar a honra de Lula. Ou seja, faz quase 11 meses que Veja repete a mesma ladainha apresentada na matéria desta semana como "novidade" (http://www.institutolula.org/lula-aciona-a-justica-contra-mentiras-de-veja ). As informações da Veja contrastam com as da Folha de S. Paulo publicadas essa semana, que indicam justamente o contrário, ou seja: a delação da OAS teria "travado" como forma de pressão para uma delação direcionada contra o ex-presidente: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1776913-delacao-de-socio-da-oas-trava-apos-ele-inocentar-lula.shtml
Outro que assina o texto é Thiago Bronzatto. Ele é processado por Lula desde maio de 2015, quando assinou matéria mentirosa na Época contra o ex-presidente (http://www.institutolula.org/lula-solicita-reparacao-de-danos-morais-contra-a-revista-epoca). Nem a revista nem Bronzatto jamais corrigiram as várias mentiras apontadas no texto "As sete mentiras da capa de Época sobre Lula" (http://www.institutolula.org/as-sete-mentiras-da-capa-de-epoca-sobre-lula). Além disso, Bronzatto mentiu em contatos com a assessoria de imprensa do Instituto Lula sobre a origem de documentos durante a apuração de outra matéria da Época que também manipula informações (http://www.institutolula.org/o-lado-escuro-do-outro-lado-no-jornalismo-sensacionalista-de-epoca). Bronzatto foi, por fim, interpelado judicialmente em outubro de 2015, por outra matéria caluniosa contra o ex-presidente publicada na Época. Com esse currículo, trocou o semanário da editora Globo pelo semanário da editora Abril.
Ulisses Campbell e Hugo Marques assinam no pé do texto como repórteres da matéria. Marques foi interpelado judicialmente por Lula também em outubro de 2015 (http://www.institutolula.org/lula-interpela-jornalistas-a-explicar-calunias-na-justica). E Campbell é protagonista de um episódio sui generis em fevereiro de 2015, quando inventou uma mentira sobre um inexistente sobrinho de Lula em coluna da edição local da Veja em Brasília. Flagrado na mentira, tentou se aproximar da família de Lula usando nomes falsos e invadiu um condomínio em Sorocaba dizendo ser vendedor de livros. Campbell fugiu do local quando foi chamada a Polícia Militar para apurar a invasão da residência. Mais informações sobre o episódio, devidamente registrado em boletim de ocorrência, podem ser lidas aqui: http://www.institutolula.org/familia-de-frei-chico-registra-boletim-de-ocorrencia-contra-reporter-da-veja. A edição local da revista Veja Brasília na época reconheceu que Campbell mentiu e pediu desculpas aos leitores e parentes do ex-presidente (http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/171903/Veja-admite-que-mentiu-e-pede-desculpas-a-Lula.htm). Mas a edição nacional não pediu desculpas.
O histórico de Veja e a ausência de rápidas respostas da Justiça diante da publicação sistemática, por alguns jornalistas, de mentiras, calúnias e difamações contra Lula permite que a certeza de impunidade oriente a conduta de setores partidarizados da imprensa, pra promover perseguições políticas. Esse tipo de conduta prejudica o debate público, o jornalismo brasileiro, a democracia e a própria liberdade de expressão.
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