O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes divulgou, nesta terça-feira (29), documentos para provar que não "pegou carona" em avião que teria sido providenciado pelo contraventor Carlos Cachoeira, em 25 de abril de 2011, ao retornar da Alemanha, onde se encontrou com o senador Demóstenes Torres. Por outro lado, disse que já viajou por duas vezes em avião providenciado por Demóstenes e que não vê nenhum problema nisso.
Vinicius Mansur
Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes divulgou, nesta terça-feira (29), documentos para provar que não "pegou carona" em avião providenciando pelo contraventor Carlos Cachoeira, em 25 de abril de 2011, ao retornar da Alemanha, onde esteve com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). Segundo os documentos apresentados, o ministro voou de Berlim para Brasília em voo de carreira, com conexões em Frankfut e São Paulo, da companhia aérea Lufthansa, operada pela TAM no trecho brasileiro.
Na segunda-feira (28), foram divulgados pela Carta Maior trechos dos documentos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), nos quais Cachoeira e homens ligados a ele providenciam um avião para o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e para um homem chamado "Gilmar" que voaria junto com ele. Ao lado da transcrição da conversa onde era mencionado o "Gilmar", a PF indaga: "Mendes?"
Em entrevista nesta terça, o ministro do STF, apesar de negar a carona e taxar de "bandidos" aqueles que divulgaram a suspeita, afirmou que já viajou por duas vezes em avião providenciado por Demóstenes e disse que não vê nenhum problema nisso:
"Vamos dizer que o Demóstenes me oferecesse uma carona num avião, se ele tivesse. Teria algo de anormal? Eu fui duas vezes a Goiânia a convite do Demóstenes. Uma vez com Jobim e Toffoli. E outra vez com Toffoli e a ministra Fátima Nancy. Avião que ele colocou à disposição."
Gilmar Mendes atribuiu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a responsabilidade pela divulgação de informações sobre a viagem à Europa. Segundo o ministro, Lula recebeu essas informações de "gângsters" e "bandidos" interessados em plantar notícias falsas. Mendes não identificou que seriam os "gângsters" e "bandidos'.
A Carta Maior entrou em contato com a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal, solicitando informações sobre a viagem em questão. Mauro Burlamaqui, Coordenador de Imprensa do S
TF, enviou os os comprovantes da viagem a Berlim feita pelo ministro Gilmar Mendes e mencionada na revista "Veja", inclusive com o trecho Guarulhos - Brasília.
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