O ministro da Agricultura e Pecuária, Reinhold Stephanes, pode ficar tranquilo e não deve se impressionar com a pressão recebida dos ruralistas para não assinar a portaria interministeral que, dentro de 15 dias, muda os índices de avaliação se uma propriedade rural é produtiva ou não para ser desapropriada com fins de reforma agrária.
A principal resistência dos ruralistas se origina não tanto na mudança, mas no fato de o governo decidir adotá-la depois de receber reivindicação nesse sentido das lideranças de trabalhadores rurais brasileiros, dentre as quais, de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST).
Tranquilo, ministro! Esteja certo de que o apoio dos mais diversos setores da sociedade à mudança do índice - velho, vigente no país há nada menos que três décadas e meia - é muito maior do que a resistência a ela. A sociedade brasileira está consciente de que é um absurdo a manutenção de um índice de produtividade fixado em 1975.
Afinal, há 35 anos nossa agricultura era outra e nem sonhava com o nível tecnológico e de capitalização que temos hoje. Muito menos com os novos métodos de plantio ou com as novas variedades de sementes. A resistência à mudança é liderada pela presidenta da CNA - Confederação Nacional da Agricultura, senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e pelo líder da bancada de de seu partido na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO).
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