A Yakult, que produz uma grande variedade de bebidas, passou a adotar uma política para garantir que seus produtos não contenham transgênicos. Com isso, ela passou da lista vermelha (indústrias que não garantem produtos sem transgênicos) para a verde (empresas que dão garantias de uma produção livre de transgênicos) do Guia do Consumidor, do Greenpeace.
Das 109 empresas que compõem o Guia, 68 estão na lista verde. Além das novas adesões, estão nesta lista gigantes da indústria alimentícia como Nestlé, Parmalat, Unilever, Sadia e Perdigão, entre outras. Já outras gigantes como Bunge, Cargill, Garoto e Vigor continuam na lista vermelha, pois não assumiram o compromisso de levar aos consumidores brasileiros alimentos livres de transgênicos.
"A mudança de política de empresas como a Yakult demonstra que a opinião dos consumidores brasileiros vem sendo cada vez mais respeitada pela indústria de alimentos. Das 53 empresas da primeira edição do Guia, 74% estavam na lista vermelha. Agora, essa porcentagem caiu para 38%", declarou Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de engenharia genética do Greenpeace.
Além da pressão dos consumidores, muitas companhias já perceberam que a produção e a comercialização de produtos sem transgênicos pode ser uma alternativa econômica vantajosa. É o que mostra o "Relatório Brasileiro de Mercado: a Indústria de Alimentos e os Transgênicos", lançado pelo Greenpeace em julho de 2006. O estudo se baseia no depoimento de dez fabricantes de alimentos (Batavo, Brejeiro, Caramuru, Ferrero, Imcopa, Josapar, Perdigão, Sadia, Sakura e Unilever) e três redes varejistas (Carrefour, Pão de Açúcar e Sonae) que adotaram uma política não-transgênica.
O relatório mostra também que, apesar de ser difícil mensurar o retorno de marketing ou imagem decorrente da adoção dessa prática, nenhuma das empresas consultadas quis ter seu nome associado aos produtos transgênicos e todas temem a rejeição dos consumidores.
Consulte o Guia do Consumidor do Greenpeace.
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