Congresso
Deputado do PT defende imposto sobre grandes fortunas na Câmara
"Nesta hora, nós temos que tirar dinheiro de quem tem, das grandes fortunas e dos bancos, do grande capital", disse Marcon
O deputado federal Marcon (PT-RS) usou seu discurso no Plenário da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira 4, para fazer uma defesa do imposto sobre grandes fortunas, com o objetivo de aumentar a arrecadação do governo Dilma Rousseff. No pronunciamento, o parlamentar citou a entrevista publicada em CartaCapital, com o mestre em Finanças Públicas e ex-secretário de Finanças na gestão da ex-prefeita Luiza Erundina, em São Paulo, Amir Khair, ao dizer que o Brasil precisa "taxar o capital, as grandes fortunas e os lucros dos bancos",
"Único dos sete tributos federais previstos na Constituição sem regulamentação até hoje, o Imposto sobre Grandes Fortunas precisa sair do papel em um momento no qual o governo federal busca ampliar sua arrecadação. Em entrevista, nesta semana, à revista CartaCapital, [Amir Khair] disse que calcula que a taxação de patrimônios poderia render aproximadamente 100 bilhões de reais por ano, se aplicada alíquota média de 1% sobre os bens das pessoas, em uma simulação hipotética, de valores superiores a 1 milhão de reais", afirmou.
Apesar de estar previsto na Constituição e ser alvo de uma dezena de projetos de lei, o imposto sobre grandes fortunas nunca chegou a ser colocado em votação no Congresso. Uma das propostas, de autoria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aguarda votação há pelo menos 15 anos.
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