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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

5.5.14

Tijolaço: a direita se irrita quando Lula e Dilma falam | Conversa Afiada

Publicado em 05/05/2014

Tijolaço: a direita se irrita
quando Lula e Dilma falam

“É na batalha da comunicação que se perde ou ganha esta guerra por corações e mentes”


 

O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:


Se não erguemos a cabeça, para que a política?



Os últimos dias, afinal, têm sinalizado algo que, nos últimos meses, parecia perdido.

Porque  o sentido de mudança foi transformado, pela imprensa deste país, num regressismo que não resiste a um sopro.

Então mudar o Brasil, retomar o desenvolvimento, combater a corrupção, tornar eficiente a máquina pública, reduzir a inflação e valorizar o salário é algo que a direita brasileira possa acenar ao nosso povo?

Eles, que nos deram a recessão dos anos 90, a liquidação do patrimônio público (vendido em condições obscuras), que entregaram o país com inflação de dois dígitos, que acham “alto demais” o salário-mínimo?

Mas, por paradoxal que pareça, começamos a aceitar o discurso da mídia de que “aqueles eram os bons tempos” e que o governo Dilma não iria “colocar em risco as conquistas do Plano Real”.

Aceitar o discurso do adversário é o primeiro passo para ser derrotado por ele.

Desde as manifestações de junho,  embora Dilma tivesse ensaiado – e executado, nos campo de quatro dos “cinco pactos” que propôs na ocasião – uma reação, deixou-se de lado o  combate político.

E quando se deixa o embate político perde-se um pouco a  cada dia de nossa identidade.

Embora seja necessário – e demolidor – mostrar os números comparativos, é preciso agregar a isso um sentimento – plenamente presente em 2010 – de que este país tem futuro e que este futuro só não é presente exatamente porque o passado foi como foi.

A memória que o tempo atenua, o discurso político precisa reacender, para que o fluxo de  informações entre as gerações fundamente o julgamento do presente.

E isso tem um imenso poder, tanto que se nota, agora, que Eduardo Campos começa a fazer ressalvas em sua identidade com Aécio Neves, porque percebeu que a velha direita estará  toda unida em torno dele, a começar por FHC e um já não tão constrangido José Serra.

A eleição de 2014 não é um “passeio”, como se acreditou.

Nem é um desastre, como a mídia não cansa de apregoar.

Aécio não tem, a esta altura, o que Serra tinha.

Campos não tem- e nada indica que terá –  aquilo que Marina Silva atingiu.

O problema do campo progressista é o de não ter, de novo, o que tinha.

Em parte, certamente, por parecer diferente do que foi, por não proclamar diariamente o que é.

Acaba-se, assim, negligenciando-se nosso próprio significado.

Nada deixa mais a direita irritada que Lula e Dilma romperem o seu monopólio de informação e falarem fora da pauta que a mídia lhes impõe.

É na batalha da comunicação que se perde ou ganha esta guerra por corações e mentes.

E é nela que o Governo Dilma – até agora – vinha tendo o seu pior desempenho. Não apenas por ser ruim, mas por achar que o ruim era o bom, com o abandono da polêmica pública.

O desafio de Dilma não é o de ganhar votos, mas o de recuperar seu significado.



Clique aqui para ler “Dilma na íntegra: comigo não tem arrocho”

Aqui para “Lula ao PT: dinheiro não resolve tudo !”

E aqui para “Eles não podem deixar o Lula falar”


http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/05/05/tijolaco-a-direita-se-irrita-quando-lula-e-dilma-falam/

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz