Polícia de Buenos Aires agride médicos e jornalistas em despejo de hospital psiquiátrico
Pelo menos 50 pessoas ficaram feridas e oito foram detidas, dentre elas médicos, enfermeiros e jornalistas,após uma violenta repressão da Polícia Metropolitana argentina ao tentar desalojar uma clínica de reabilitação no maior hospital psiquiátrico de Buenos Aires. Pelo menos 12 policiais metropolitanos ficaram feridos, de acordo com o prefeito portenho, Mauricio Macri.
Efe
Empregados do hospital psiquiátrico José Borda, em Buenos Aires, tentaram impedir despejo promovido pela prefeitura da cidade
A polícia "se defendeu de um grupo de violentos que agrediu mais de uma vez", disse Macri nesta sexta-feira (26/04), acrescentando que "apenas foi ao local para cuidar dos que tinham que fazer o seu trabalho".
"Há pelo menos 50 feridos, e oito trabalhadores foram detidos e depois liberados, pela feroz repressão policial no (hospital neuropsiquiátrico José) Borda", disse Pablo Spataro, dirigente da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), que reúne os funcionários do hospital, administrado pela prefeitura.
A confusão começou nos jardins e nos prédios próximos ao hospital, em um setor onde funcionam oficinas de reabilitação. O governo portenho pretende derrubar essas instalações para construir um centro comunitário e transferir os gabinetes da prefeitura para a área, no sul da cidade. Os trabalhadores do local tentaram impedir que a empresa encarregada da construção do centro cívico demolisse o local.
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Entre os feridos, "nenhum em estado grave, um recebeu uma pancada na cabeça e teve de levar dez pontos; há vários com traumatismos e hematomas produzidos por balas de borracha, enquanto outros sofreram reações alérgicas pelo uso de gás pimenta", acrescentou Spataro.
Cerca de 300 policiais do Batalhão de Choque, protegidos com escudos e capacetes, dispararam balas de borracha contra os manifestantes e os jornalistas que cobriam o protesto. Um jornalista do jornal Clarín, o de maior circulação nacional, foi ferido com uma bala de borracha no rosto. Segundo imagens registradas por outro fotógrafo, ele foi levado algemado pela polícia.
Também ficaram feridos a bala o cinegrafista do canal C5N e jornalistas de outros veículos, informou a Associação de Entidades Jornalísticas da Argentina (Adepa), que reúne os principais jornais. A Adepa repudiou o episódio. Cerca de 800 pacientes estão internados no José Borda, segundo as autoridades sanitárias do município.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/28593/policia+de+buenos+aires+agride+medicos+e+jornalistas+em+despejo+de+hospital+psiquiatrico.shtml
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