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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

3.2.12

Guarda Municipal desmonta acampamento de sem-teto

 

Sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Guarda Municipal desmonta acampamento de sem-teto

 

Famílias desalojadas nessa quinta-feira permanecem na rua. Prefeitura ainda não cumpriu determinação de realocá-las


03/02/2012


da Redação

Sem-teto haviam montado barracos na calçada do

prédio que ocupavam - Foto: FLM

 

Na manhã desta sexta-feira (03), a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo desmontou o acampamento formado pelas famílias despejadas do prédio localizado na esquina das avenidas Ipiranga e São João, no centro da capital paulista, na quinta-feira (02).


Cerca de 230 famílias ocupavam o prédio de três andares, onde funcionava um bingo, desde 6 de novembro de 2011.

Após serem expulsos do imóvel, os sem-teto decidiram permanecer na calçada da avenida São João até a prefeitura prestar o atendimento devido. “Ainda estamos largados e as nossas reivindicações não foram atendidas pela prefeitura”, relata Carmem da Silva Ferreira, coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e representante da Frente de Luta por Moradia (FLM).

 

A coordenadora do MTST afirma que as famílias permanecerão no local, pois não têm para onde ir. Segundo ela, a única oferta feita pela prefeitura foi o encaminhamento dos sem-teto para abrigos e albergues. “As famílias não querem ir para abrigos. O que nós estamos reivindicando é um direito adquirido, que é o direito à moradia digna”, conta.

No último dia 17, o juiz da 14ª Vara da Fazenda Pública decidiu, por meio de liminar, que a prefeitura era obrigada a cadastrar as famílias e inscrevê-las em programas habitacionais, sob pena de multa diária no valor de R$ 3 mil. A decisão atendeu a pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para que fosse garantido aos sem-teto o direito à moradias definitivas.

 

Apesar da Guarda Civil ter desmontados barracos, famílias

afirmam que vão permanecer no local - Foto: FLM

Na terça-feira (31), a prefeitura conseguiu a autorização do desembargador José Maria Câmara Junior, da 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça, para alojar as famílias em abrigos e albergues municipais. A administração de Gilberto Kassab (PSD) alegou que não poderia privilegiar os sem-teto que ocuparam há três meses o prédio abandonado, sendo que há um milhão de pessoas cadastradas para programas habitacionais, “mas nem por isso ocuparam imóveis particulares”.


Em nota, a Secretaria Municipal de Habitação disse que a “Justiça entendeu que a prefeitura tem obrigação de conceder abrigo às famílias e incluí-las nos programas habitacionais, mas que é preciso respeitar a ordem de atendimento habitacional”.

O MP, por sua vez, recorreu ao TJ para que as famílias não sejam alojadas em albergues, antes sejam garantidas a elas moradias permanentes. “Nós entendemos que não é razoável que se separe pais de um lado, mães de outro. Nós defendemos que haja um abrigamento familiar”, esclareceu o promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes.


“O que nós queremos é um atendimento de moradia, que seja uma verba, um atendimento em parceria social ou, até mesmo, um local que levasse todas as famílias, sem separar os pais dos filhos”, defende a coordenadora do MTST.
O promotor afirmou que a determinação judicial passou a valer desde a reintegração de posse realizada nesta quinta-feira e que, caso a Prefeitura não a cumpra, a multa será aplicada à administração municipal. Segundo o promotor, o MP reiterou ao Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo a necessidade do cumprimento da ordem judicial. “A obrigação de alojar essas pessoas continua sobre o município”, esclarece.

 

http://www.brasildefato.com.br/node/8749

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz