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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

19.2.12

Unidos da Lona Preta se apresenta neste sábado em Cajamar (SP) | MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra

Unidos da Lona Preta se apresenta neste sábado em Cajamar (SP)

14 de fevereiro de 2012

 

 

Da Página do MST

 

Neste sábado (18) de carnaval, a Escola de Samba Unidos da Lona Preta, do MST, se apresenta na cidade de Cajamar, interior de São Paulo.

A concentração acontecerá na Escola Ana Maria Garrido Orlandin, às 19h, próximo ao assentamento Comuna da Terra Irmã Alberta.


Abaixo, veja a sinopse do samba enredo e a letra da música:

 

                                             

                                               “... E Fez-se A Luta:
                              Uma Homenagem À Toda Companheirada”


É com muita alegria e comprometimento com as lutas de nosso povo que a Escola de Samba Unidos da Lona Preta apresenta seu Enredo para o ano de 2012: “... E Fez-se A Luta: Uma Homenagem À Toda Companheirada”.

Por séculos o povo brasileiro vive humilhado e explorado por opressores nacionais e internacionais. Nas mais variadas faces, a exploração empurrou nosso povo à pobreza e à morte. No entanto, mesmo sob tanta violência, jamais puderam calar nossa voz. Do lamento passa-se à luta, da tristeza surge a raiva, da passividade vem a ação. O povo se organiza, se encontra, debate, protesta, planeja seus passos, pensa num futuro melhor... E fez-se a luta.

Surge o MST, síntese de uma tradição guerreira de nosso povo. Contra o latifúndio, contra o capitalismo, pela Reforma Agrária. Nosso Movimento nunca baixou a cabeça diante dos opressores e gritou bem alto: a luta é pra valer. Esse grito ecoou no país e no mundo. Somos um dos mais importantes movimentos sociais da história do Brasil e com muitos aliados mundo afora. Com unidade e ação, somos fortes... E fez-se a luta.

Para representar a grandeza do MST e do povo brasileiro, textualmente serão citados cinco militantes que fazem no dia-a-dia o movimento acontecer. Estes representarão a todos nós, pelo que fazem, fizeram e significam para nossa organização.

Vanessa dos Santos: sem-terrinha de oito anos assassinada no massacre de Corumbiara. Criança também luta. Sua vida é exemplo da busca por um mundo mais humano.

Mestre Geraldo: a força do samba, a crença na cultura popular como arma de transformação. A semente que foi plantada lá atrás e que nós colhemos e fazemos florescer. Que deixou saudades. Teu repique segue ecoando em nossos corações.

Laércio, preso político. Pai de quatro filhas, esposo, negro, de origem pobre. Surdo de primeira que bate firme. Lutador exemplar, incansável, admirado e querido. O MST te aguarda para seguirmos juntos na caminhada. O povo brasileiro te precisa. Como dizem os Racionais: as grades de ferro jamais prenderão nossos pensamentos.

Mauro, senhor e menino. Puro coração. Pura emoção. Plantador e formador. Migrante que superou as dificuldades da vida e gritou: o MST me levantou! Esta Luta nos levantou! Exemplo de humildade e perseverança. Sabedoria cultivada na escola da vida.

Almerinda, tia a quem pedimos a bênção e a licença pra cantar samba. Embala seu chocalho construindo o tempo da igualdade entre mulheres e homens. Mãe, fecundando o sonho de uma vida melhor para seus filhos e filhas, neste caso, toda a humanidade. Negra, da cor da noite, do sofrimento na pele, a sabedoria nos olhos. Guerreira. Mulher. Linda!

Este tema é uma homenagem, um carinho da Escola de Samba Unidos da Lona Preta a todos àqueles e aquelas que cotidianamente batalham pelo nosso movimento. Uma homenagem aos companheiros e às companheiras que plantam, colhem, suam, no campo e na cidade, nas marchas e panfletagens.

Um reconhecimento a todos e todas que no dia-a-dia fazem a luta acontecer: quem consegue o recurso para a alimentação em um curso de formação; quem cozinha nos encontros; quem pinta bandeiras de madrugada; quem lida com papeladas fazendo relatórios; quem sabe a hora certa de colher o fruto; quem anda quilômetros para cumprir uma tarefa; quem cuida das crianças nas cirandas.

Estes e estas são o tema deste ano, ou seja, TODOS NÓS, que não desistimos diante das dificuldades e que seguimos firmes e fortes. Cabeça erguida, dignidade inabalável. Se o presente é de luta, o futuro é nosso... E fez-se a luta.
Somos José, Pedro e Maria, somos Geralda, Teresa e Manoel. SOMOS SEM TERRA!... E fez-se a luta!
 

Conheça mais sobre a Escola de Samba Unidos da Lona Preta



Unidos da Lona Preta - Carnaval  2012

               “E fez-se a luta: uma homenagem à toda companheirada”

A vida muda a luta, a luta muda a vida
Sou Sem-Terra com dignidade          (Refrão)
Batucada na avenida
Construindo a unidade

De punhos erguidos
A Unidos vem cantar
Pra quem tá na correria, no dia-a-dia
Plantando a resistência popular
Infância Sem-Terrinha é na ciranda
Cozinha coletiva faz comer a ocupação
O coração batendo ao som do samba
A foice e a baqueta na mão
O pulso firme e forte das mulheres
Debate de idéia em reunião
E nem mais um minuto de silêncio
Àqueles que tombaram neste chão

Não matarão, nossos sonhos de criança
Que na nossa militância, para sempre prevaleça  (Refrão do meio)
O repique de Geraldo, o sorriso de Vanessa

Laércio, a justiça burguesa
Não prenderá a consciência
Da classe que em sua formação (formação)
Fez Tio Mauro buscar
A beleza e o pão
Almerinda, a benção, madrinha
Negra, vem da dor o saber (o saber)
Os teus olhos guerreiros
Nos fizeram entender (que)
 

http://www.mst.org.br/Unidos-da-Lona-Preta-se-apresenta-neste-sabado-em-Cajamar-SP

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz